sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sindicato alternativo cria curso de jornalismo para não diplomados atuarem na área


Quando o presidente do STF, Gilmar Mendes, ao julgar a questão do diploma para jornalista, comparou a profissão à de uma cozinheira, parece que teve gente que acreditou


Fonte: comunique-se.com.br
Izabela Vasconcelos
O Sindicato Nacional de Jornalistas (Sinaj), que filia comunicadores sem formação específica na área, oferece um curso livre de habilitação em jornalismo para os que ingressarem na entidade. De acordo com o presidente da entidade, Fernando Leão, o curso online tem uma carga de 280 horas.
Entidade divulga curso para os que querem ter uma nova profissãoApesar de o sindicato não ser reconhecido pelo Ministério do Trabalho, o presidente diz que o curso abre a possibilidade para uma nova profissão. “Muitos vão procurar MTB sem saber o que é jornalismo e aqui a gente ensina para os que se filiarem”, explica.
Leão argumenta que não há nada de ilegal na iniciativa. “Não estamos fazendo nada de errado. O Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu isso em 2009”.
A entidade existe há dois anos, desde que o STF extinguiu a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão. Os filiados pagam uma taxa de sindicalização de R$ 180 pela opção semestral ou R$ 300 de taxa anual.
O site da entidade anuncia que os internautas podem ser jornalista sem muita burocracia ou aprendizado técnico sobre a profissão. "Não perca esta oportunidade. Tenha uma nova profissão", informa.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

EXPO BLUSEIROS NO CARRIERO ESTUDIO - CAMPINAS SP


03/12 – Sábado
17:00h – Exposição de caricaturas:
“ Bluseiros” - De Fabiano Carriero e Bira Dantas.
Show com: Dokery Duo – Campinas/SP
Local: Carriero Estúdio – Av. Barão de Itapura, 2043 – Guanabara
http://carrieroart.blogspot.com/
(Entrada franca)
Confira mais em http://caricasdobira.blogspot.com/2011/11/expo-blueseiros-no-carriero-estudio.html

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

13º e juros da dívida

O 13º salário injetará na economia brasileira R$ 118 bilhões neste ano, entretanto, os governos federal, estaduais e municipais devem terminar o ano tendo repassado para o mercado financeiro, R$ 128 bilhões para pagamento dos juros da dívida. Ou seja, o que o Estado paga a mais de 70 milhões de brasileiros em forma de 13º salário é menos do que deixará nos bolsos de algumas dúzias de tubarões.




Breve história do feminismo


A Carla Cristina, competente pesquisadora da temática de gênero, professora da PUC-SP, minha ex-mulher e eterna companheira lança no dia 22 seu novo livro Breve história do feminismo.

O lançamento ocorre na Livraria Cortez, na rua Monte Alegre, 1074, ao lado da PUC, às 18h30.

Outro importante livro da Carla (Hambre del alma) pode ser encontrado na página da Editora Limiar.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Benzeno nos refrigerantes


Conforme Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com Ministério Público Federal em Minas Gerais, fabricantes de refrigerantes dietéticos cítricos devem reduzir a quantidade de benzeno das bebidas no prazo de até cinco anos.
O TAC assinado com a Ambev, a Coca-Cola e a Schincariol prevê que a quantidade máxima deverá ficar em cinco microgramas por litro. A presença do benzeno foi constatada em 2009 após análise de 24 marcas, nas quais foram detectadas a presença de benzeno em sete delas: Fanta laranja, Fanta Laranja light, Sukita, Sukita Zero, Sprite Zero, Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet.

O que se estranha é a postura "tímida" do MPF de ajustar uma "redução" dos níveis de benzeno, quando o Código de Defesa do Consumidor estabelece que produtos colocados à venda no mercado não poderão trazer riscos à saúde ou segurança. Não há limite mínimo seguro para exposição ao benzeno.
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7920/10, do deputado Edmar Moreira (PR-MG), que proíbe a fabricação e a comercialização de refrigerantes que contenham a substância tóxica benzeno - como ingrediente ou subproduto, em qualquer fase de produção.

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7920/10, do deputado Edmar Moreira (PR-MG), que proíbe a fabricação e a comercialização de refrigerantes que contenham a substância tóxica benzeno - como ingrediente ou subproduto, em qualquer fase de produção.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

PSD: partido dos ricos

Foi oficialmente criado no dia 26 de outubro, o PSD (Partido Social Democrático), que, segundo as palavras de seu idealizador, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não é um partido de direita, nem de esquerda, nem de centro. Provavelmente ele está correto, deve ser um partido das "oportunidades". De uma coisa é certo, a legenda é composta majoritariamente por ricos empresários, a maioria, ruralistas. Segundo o sítio Congresso em Foco, "mais da metade da nova bancada tem na atividade empresarial sua principal ocupação. A soma dos bens declarados à Justiça eleitoral pelos congressistas do PSD faz dele o segundo partido mais rico do Parlamento, atrás apenas do PMDB. Entre titulares, suplentes e licenciados, o PSD havia arrebanhado 57 deputados e dois senadores até a última segunda-feira. Desses, 42 (71%) são empresários urbanos ou rurais. Praticamente o mesmo número atua na defesa do agronegócio, como integrantes da bancada ruralista. Juntos, os discípulos do prefeito paulistano no Congresso acumulam um patrimônio de R$ 367,6 milhões. Ou seja, embora representem apenas 8,8% dos congressistas, eles respondem por quase 20% do total de R$ 1,94 bilhão declarado em bens pelos 667 parlamentares que exerceram mandato na atual legislatura".

Irregularidades
Das 144 mil assinaturas obtidas pela legenda para se configurar como partido e disputar as eleições, pelo menos 19 mil (cerca de 14%) estão em situação irregular. O Ministério Público já abriu investigação contra o PSD por conta de na lista de "apoiadores" contar com nomes de pessoas mortas, assinaturas duplicadas ou mesmo reconhecidas como falsas por seus reais signatários.

Se está assim antes de existir, imagine o que se pode esperar desse partido que não é de esquerda, direita, centro muito pelo contrário. Pela composição de seus parlamentares é possível prever o que esta legenda irá defender. 




 

Pacto ou impacto?

Recebi da assessoria do deputado Francisco Praciano (PT-AM), presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção o seguinte texto. Reproduzo abaixo e, na sequência, minha resposta.

 Pacto da moralidade

Francisco Praciano

Mais uma vez os veículos de comunicação de todo o país destacam o possível desvio de milhões de reais por ONGs que receberam recursos, por meio de convênios, para a prestação de algum serviço público. Dessa vez, as denúncias estão voltadas para o Ministério dos Esportes e algumas entidades que receberam recursos para a execução do Programa chamado “Segundo Tempo”.

As acusações que envolvem o Ministério dos Esportes devem, sem dúvida nenhuma, ser apuradas, seja pelo Ministério Público, seja pela Controladoria-Geral da União. Uma pena, porém, que não se esteja dando a devida atenção para a busca de medidas que poderiam combater, com mais rigor e eficiência, as práticas de corrupção que ocorrem de norte a sul do país, tais como: os desvios de recursos da saúde e da merenda escolar, as compras superfaturadas por parte de prefeituras, os pagamentos efetuados por gestores públicos sem que as obras pagas tenham sido realizadas, etc. Essas práticas de corrupção, pulverizadas entre algumas centenas de órgãos públicos, tem causado ao país, segundo um estudo realizado no ano passado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, um prejuízo anual estimado entre R$ 41,5 bilhões e R$ 69,1 bilhões.

Entendo que o governo, o MP e o Judiciário não podem mais continuar à espera do próximo escândalo sobre corrupção para só então tomarem alguma providência pontual, isto é, uma providência apenas voltada para o escândalo da vez. Por isso, amanhã, 26 de outubro, irei propor, juntamente com outros membros da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, que o governo Federal tome as providências necessárias para a criação de um Pacto Nacional de Combate à Corrupção, um pacto a ser celebrado entre a Presidente Dilma e os Presidentes dos Poderes Judiciário e Legislativo e que envolva, também, a classe empresarial brasileira que não gosta da corrupção. No próximo artigo falarei mais sobre essa proposta.



Minhas considerações

Prezado deputado
Me causou estranheza o artigo do deputado. A começar pelo título "pacto 'da' moralidade" em vez de um menos ambíguo "pacto PELA moralidade". Não se trata apenas de semântica, mas de uma postura conceitual; um "pacto" entre os que têm "moral" (no sentido de não compactuar com a corrupção) não resolve em nada esse grave problema do país.

A segunda estranheza vem do termo "pacto". O que pactuar (ou compactuar) com corruptos? É necessário que a Frente Parlamentar aponte para uma legislação mais rigorosa em todas as etapas do sistema público da contratação de serviços, da destinação de verbas. É necessário que políticos de posse de seus mandatos respondam civil e criminalmente por atos de corrupção; que os cofres públicos sejam ressarcidos até o último centavo e que a autoridade executiva (o prefeito, governador, presidente) seja co-responsável pelos atos de seus indicados (secretários e ministros).

Dizer que existe corrupção nas esferas municipais e estaduais para "justificar" ou diminuir o impacto das denúncias em nível federal é tergiversar sobre fatos graves e uma tentativa tola de desviar focos. Cada esfera da administração pública tem sua cota de responsabilidade no combate às práticas de corrupção; falta uma legislação clara e eficaz, coisa muita ampla do que um simples e genérico "pacto".

Por fim, é necessário haver controle social do atos do Estado por parte da população e suas organizações civis: transparência, controle público e severa legislação são elementos essenciais se deseja-se, de fato, combater a corrupção. A longo prazo é necessário fortalecer a "moralidade" do Estado, há tempos ser corrupto deixou de ser uma vergonha para se tornar sinal de esperteza. Isso demonstra a fragilidade do Estado de hegemonizar conceitos de ética e moral na população.

A maioria do povo brasileiro é honesto por formação e convicção, com a parcela que não é não há pacto possível, deve haver impacto.










quarta-feira, 19 de outubro de 2011

I need nothing

I Need Nothing - a nearly useless odyssey from Cãoceito on Vimeo.

DJALMA SANTOS: vencedor na vida e nos campos

Djalma Santos exibe medalhas que recebeu
Esta semana tive a honra e satisfação de conhecer e entrevistar (juntamente com o Flávio Prado, apresentador do programa Mesa Redonda, TV Gazeta, e com a jornalista Adriana Mendes) Djalma Santos, um dos maiores laterais direitos que o Brasil já teve, atuou em quatro copas do mundo, foi campeão em duas (1958 e 1962).

Na Copa de 1958 Djalma jogou apenas a partida final, mas 90 minutos de seu brilhante futebol foram suficientes para ser eleito o melhor jogador da Copa na sua posição.

Djalma foi o único brasileiro a integrar a seleção da Fifa (1963) e o primeiro jogador do Brasil a marcar um gol de pênalti em Copa do Mundo.

O grande lateral direito iniciou a carreira na Portuguesa, brilhou pelo Palmeiras e terminou no Atlético Paranaense. Em mais de 20 anos como jogador profissional NUNCA foi expulso.
Hoje, aos 82 anos, revela o bom astral de quem sabe que venceu na vida e nos campos. Lúcido, conta histórias deliciosas de sua carreira.

Em 26 de junho de 2008 foi recebido, juntamente com uma delegação dos jogadores da seleção de 1958 pelo ex-presidente Lula, pelo ministro dos Esportes Orlando Silva entre outros. Na ocasião, ouviu o compromisso do governo de dar aos jogadores um prêmio do R$ 100 mil para cada jogador e uma "pensão" mensal de R$ 3.400,00. Até hoje está aguardando o dinheiro.

Momento tietagem, eu e o mestre Djalma




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

AGROTÓXICOS: O veneno nosso de cada dia


O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. A comida que você compra no supermercado, embalada a vácuo, que parece ter sido lustrada com verniz contém, cada vez mais, substâncias químicas utilizadas para acelerar o processo de plantio e colheita e, consequentemente, dos lucros.

O uso excessivo do agrotóxico está relacionado ao modelo agrícola brasileiro, que se sustenta no latifúndio, na monocultura, na produção altamente mecanizada para a produção em larga escala.

Problemas para a saúde e para o meio ambiente
Grande parte dos substâncias químicas ingeridas pelo consumo de alimentos afeta diretamente nosso organismo e mesmo a sua simples manipulação por trabalhadores rurais causa problemas de saúde e está associada, inclusive, a tendências suicidas. Muitos desses produtos comercializados no Brasil formam banidos da União Europeia.

Estudo realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectou no pimentão vendido nos supermercados, substâncias tóxicas no patamar de 64% além da quantidade permitida. Na cenoura e na alface foram encontrados 30% e 19% de agrotóxicos acima do estabelecido pela Anvisa. A quantidade limite de agrotóxicos e produtos proibidos são diferentes para cada cultura, mas é certo afirmar que estamos comento produtos envenenados.

Uma operação da Agência de Vigilância, que durou aproximadamente dez meses e visitou sete fábricas de agrotóxicos instaladas no Brasil, concluiu que seis desrespeitavam as regras sanitárias e tiveram as linhas de produções fechadas temporariamente. Entre as irregularidades encontradas, estão o uso de matéria-prima vencida e adulteração da fórmula.

Um estudo coordenado pela Universidade Federal do Mato Grosso constatou e existência de resíduos de agrotóxicos no ar respirado em escolas da zona rural e urbana de municípios que plantam soja.

Foi verificado que os agrotóxicos estão alojados, inclusive, no sangue e na urina. O levantamento monitorou a água dos poços artesianos e identificou a existência de resíduos de agrotóxicos em 32% das amostras analisadas. Em 40% dos testes com a água da chuva, também foi identificada a presença de venenos agrícolas. Nos testes com o ar, 11% das amostras continham substâncias tóxicas, como o endossulfam, proibido por ser potencialmente cancerígeno.

Não existe limite seguro
Um dos argumentos utilizados por empresas e grandes proprietários rurais é de que o uso e consumo de agrotóxicos é seguro dentro de determinados parâmetros. O médico e professor da UFMT, Wanderlei Pignatti, discorda dessa posição. Segundo ele, “não existe uso seguro de agrotóxicos. O uso deve ser considerado como uma poluição intencional.

A professora da Universidade Federal do Ceará, Raquel Rigotto, explica que não é possível separar os agrotóxicos da destruição do ambiente. “As empresas chegam e promovem o desmatamento, reduzindo a biodiversidade que é fundamental para manter o equilíbrio do ecossistema, fato que protege as lavouras contras as pragas. Em seguida entram com a monocultura que é a o oposto da biodiversidade. Depois aplicam uma série de práticas de fertilização, uso de agrotóxicos e critérios de produtividade para estressar as plantas e produzir rapidamente o fruto. Com isto a terra está respondendo de forma muito dolorosa”.

A certeza que fica é que cada um de nós está consumindo cada vez mais veneno – nos alimentos e no ambiente – para engordar os lucros de empresas e grandes agricultores.


Subcomissão na Câmara
No dia 2 de junho, os deputados integrantes da Subcomissão Especial sobre o uso dos Agrotóxicos aprovaram o plano de trabalho do grupo. A subcomissão integra a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados. A proposta da comissão é avaliar os processos de controle e usos dos agrotóxicos e suas repercussões na saúde pública. A subcomissão se propõe a estudar os impactos dos agrotóxicos na saúde pública, repercussões na Previdência Social e consequências na Assistência Social e nas Famílias.


Um negócio de US$ 20 bilhões
(Jorge Américo – Radioagência ANP)

Para manter o nível de consumo, os fabricantes e fornecedores estão financiando a produção agrícola. Este incentivo consiste em fornecer, aos produtores insumos, as sementes, adubos, fertilizantes e pesticidas, além de assistência técnica. O pagamento é efetuado após a colheita, que recebe parte da produção.

Com isto, os produtores ficam reféns destas empresas. Um exemplo está na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, conhecida pela forte presença da indústria fumageira. A integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Rosiele Cristiane, denuncia a exploração dos produtores de fumo, que, por meio de contratos, tiram o controle do agricultor sobre a sua produção.

“Antes de iniciar a safra, o orientador agrícola da empresa que presta a assistência técnica, que vai à casa das pessoas, faz o contrato com as famílias. Vê quantos pés de fumo eles querem plantar. Os agricultores assinam esse contrato sem ler: há várias promissórias, em branco também. E este contrato está dizendo que o agricultor não é dono do produto. Ele é o fiel depositário. Isto dá à empresa o direito de buscar o fumo, se o agricultor não entregar. Nos últimos anos, os agricultores estão esperando o melhor preço. Então, no início da comercialização, eles não estão entregando o fumo. Eles esperam até maio, junho, que é a melhor época para vender. Quando o fumo não é entregado para a empresa, e ela tem contratos a honrar no exterior, eles usam dessas artimanhas para buscar o fumo em casa”

A partir deste modelo de financiamento, a venda de defensivos agrícolas, no Brasil, pode crescer de US$ 6,6 bilhões para US$ 8,5 bilhões em cinco anos. No entanto, Rosiele alerta que a pressão das empresas já levou agricultores ao suicídio.

“Eu sempre falo do caso da Dona Eva, que foi uma agricultora. A indústria fumageira chegou à casa dela com o oficial de Justiça e a Polícia. Ela alegou que não tinha nenhuma dívida vencida. Era mês de fevereiro, e a dívida dela só venceria em maio. A empresa alegou ao juiz que ela estava desviando o produto. Ela se sentiu tão humilhada que, no mesmo instante em que eles carregavam o fumo do galpão, ela foi na varanda e se enforcou.”

O mercado mundial de agrotóxicos é dominado por seis empresas: Syngenta, Bayer, Monsanto, Basf, Dow, DuPont e Nufarm. Este negócio mais de US$ 20 bilhões por ano. O lucro cresce com a comercialização dos organismos geneticamente modificados: os transgênicos.

 

(Matéria produzida a partir de dados e reportagem da Radioagência NP)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Petroleiros se preparam para a greve

Em 1995, no início do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, os petroleiros protagonizaram a maior greve da história da categoria, motivada pelo descumprimento de acordos assinados entre os sindicatos, a Petrobrás e o então governo Itamar Franco.

Naquele momento era clara a intenção de FHC de cortar direitos trabalhistas e sucatear a Petrobrás para oferecê-la à privataria internacional, exigência do FMI, assumida com subserviência pelo governo neoliberal tucano.

A resistência dos petroleiros mudou essa história e a Petrobrás se consolidou, no governo posterior, como um dos mais importantes instrumentos de desenvolvimento do país, tornando o Brasil autossuficiente em petróleo, reerguendo a indústria naval, por meio de contratos para construção de navios e plataformas, gerando empregos em todo o país, construindo novas refinarias.

Nesse período, a luta da categoria, tendo a FUP (Federação Única dos Petroleiros) à frente, conquistou aumentos reais e recompôs direitos perdidos durante os nefastos oito anos de gestão de Fernando Henrique.

Em 1995, a greve foi eminentemente contra o governo. Hoje, configura-se uma situação diferente, mas a intransigência da Petrobrás e do governo (que usa a crise para justificar não conceder reajustes e aumentos para os trabalhadores de empresas públicas) pode gerar um nível de conflito que há anos não ocorre.

Os petroleiros têm consciência do importante papel da Petrobrás no cenário nacional, mas se sentem desmotivados devido à falta de segurança, assédio por parte de gerentes e não reconhecimento financeiro do esforço de cada um para construir a maior empresa do país.

Não é atacando salários e direitos que o Brasil irá enfrentar a crise; quem tem de pagar esse ônus é quem sempre lucrou, ou seja, o sistema financeiro especulador.

As reivindicações dos petroleiros são justas. A FUP e seus sindicatos sempre buscaram o diálogo e estão dispostos a conversar à exaustão, mas isso não significa abdicar da mobilização: caso a Petrobrás não responda a contento a pauta da categoria, o Brasil verá que um filho seu não foge à luta.

Se não houver acordo e for a vontade soberana da categoria, a greve será deflagrada. Ela, a princípio, não é contra o governo, mas pode tornar-se caso a administração Dilma mantenha a postura intransigente de tentar impedir que a direção da Petrobrás negocie livremente com os trabalhadores.

O Conselho Deliberativo da FUP estabeleceu um prazo para a empresa e propôs um calendário de mobilização. É hora de nos prepararmos para o confronto.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A LÓGICA DOS PARASITAS

O mundo vive mais um período de crise, provocado pela “farra do boi” que se tornou o capitalismo internacional, que acha que pode continuar sua exploração sem fim. Enquanto a Europa vê naufragar seu projeto de unificação, com uma Grécia insolvente, Itália à beira do caos, Alemanha desconfiando da Inglaterra e França, não apenas econômica, mas militarmente, após o sucesso imperialista dos dois países na Líbia. O euro, expressão do sonho de um continente unido em torno de um ideal, passa pela sua maior prova. Os governos conservadores são cada vez mais questionados, a social-democracia perdeu completamente sua identidade e os partidos de esquerda não conseguem formular uma alternativa consistente. Sob o aspecto estritamente econômico, a maioria dos analistas concorda que falta à União Europeia um Tesouro único, um Banco Central que atue como mediador dos mercados, e regras clássicas do capitalismo.

Enquanto governantes europeus batem cabeça para descobrir como salvar o que restar da unificação, bancos agem como abutres, farejando mais uma carniça para seus lucros. “Chantageiam” governos para que o Estado interfira e injete recursos para salvar empresas e países falidos e, assim, diminuam os prejuízos do sistema financeiro internacional, e, ao mesmo tempo, clamam por reformas neoliberais e mais privatizações. Abutres que financiam a crise e se apropriam de suas mazelas para gerar ainda mais riquezas nas mãos de poucos.

Contra essa lógica parasitária, o movimento social tem que se erguer, exigindo uma nova ordem mundial, cujo pressuposto é o enterro do atual sistema.

Em 12 de outubro, ativistas sociais de todo o planeta saem às ruas no dia de ação global contra o capitalismo, data simbólica para manter acessa a chama das mudanças que cada vez se fazem mais necessárias.

No Fórum Social Mundial de 2011, em Dakar, foi aprovado por aclamação um manifesto dos movimentos sociais, que diz em um de seus trechos: “Lutamos contra as transnacionais porque sustentam o sistema capitalista, privatizam a vida, os serviços públicos, e os bens comuns, como a água, o ar, a terra, as sementes, e os recursos minerais... Exigimos a soberania dos povos na definição do modo de vida... Denunciamos os tratados neoliberais de livre comércio e exigimos a livre circulação de seres humanos. Seguimos nos mobilizando pelo cancelamento incondicional da dívida pública dos países do Sul. Denunciamos, nos países do Norte, a utilização da dívida pública para impor aos povos políticas injustas e antissociais...”.

As formas de exploração estão em crise, e cabe a quem combate essa exploração sair às ruas e lutar. Se ficarmos calados, assistindo, uma nova onda de exploração se abaterá sobre o planeta, para deleite dos parasitas do sistema financeiro internacional.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Posse de "Sarney Paraguaçu", em 1966, filmada por Glauber Rocha

Histórico curta dirigido por Glauber Rocha sobre a posse de José Sarney ao governo do do maranhão, em 1966. Nas palavras de Nelson Motta: "Com 35 anos, cabelos e bigode pretos, Sarney discursa para o povo na praça, num estilo de oratória que evoca Odorico Paraguaçu, mas sem humor, a sério, que o faz ainda mais caricato e engraçado. Sobre seu palavrório demagógico, Glauber insere imagens da realidade miserável do Maranhão, cadeias cheias de presos, doentes morrendo em hospitais imundos, mendigos maltrapilhos pelas ruas, crianças esquálidas e famintas, enquanto Sarney fala do potencial do babaçu".


Passados mais de 40 anos, Sarney permanece com a mesma cara de corrupto. E o Maranhão, infelizmente, com a mesma cara de miséria


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lançamento Crônica de uma ilha vaga" em Curitiba


No dia 24 de setembro, sábado, estive em Curitiba lançando meu primeiro romance, Crônica de uma iilha vaga (Ed. Limiar). O evento foi muito agradável, dizem que os moradores das capitais do Sul são menos receptivas, mas sempre que estive em Curitiba fui muito bem recebido por todos. Na véspera do lançamento, meu amigo e talentoso artista Carlos Dalla Stela me aguardou até altas horas para um agradável jantar em sua residência; Sônia abriu as portas de sua casa para me dar abrigo.
Quero deixar registrado meu agradecimento a todos que compareceram, e em especial para a Darli, a Sônia e a Marilda, que organizaram o lançamento, cuidaram de todos os detalhes e deram uma puta força na divulgação.
Quem quiser conhecer mais sobre o livro, ou adquiri-lo, pode fazer pelo sítio da editora.
Valeu! 


ENSAIANDO A REALIDADE: O MST e o Teatro do Oprimido, de Augusto Boal

Vídeo produzido por Nina Simões. Para saber mais, acesse http://www.rehearsingreality.org/




 
 



 
 


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

FOLHA ESCONDE ATO PRÓ PALESTINA

Ontem, 20 de setembro de 2011, ocorreu em diversas cidades do Brasil atos em defesa da criação do Estado da Palestina, com a devõlução das terras ocupadas ilegalmente por Israel.

Em São Paulo o ato reuniu cerca de 3 mil pessoas em frente ao Teatro Municipal. O jornal F(a)lha de S.Paulo do dia seguinte não deu sequer uma linha sobre o ato, apesar de na parte internacional dedicar quase uma página ao tema, que está sendo debatido na ONU.

Lamentável nosso pobre jornalismo tupiniquim. Como escreveu Mino Carta na edição desta semana de Carta Capital: ...."a mídia... incessantemente clama por sua liberdade de fazer o que bem entende, inclusive assaltar a verdade factual de todas as formas possíveis".


 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dois dias de greve arrancam acordo com terceirizada da Petrobrás











Sob gritos de “eira, eira, eira, Petrobrás é caloteira” e usando nariz de palhaço, cerca de 300 trabalhadores da Worktime que atuam no prédio do Edisp decidiram realizar dois dias de greve (19 e 20) para pressionar a boca de porco a cumprir com a legislação trabalhista e pagar corretamente a rescisão contratual.

Com o fim do contrato com a Petrobrás, a Worktime chamou individualmente os trabalhadores e os ameaçou de não recontratar quem não pedisse demissão, abrindo mão de 40% do FGTS entre outros direitos.

A greve teve início na segunda após a realização da assembleia. Na terça, 20, os trabalhadores novamente se concentraram no saguão do Edisp e de lá se dirigiram em passeata até a sede da Worktime. Das janelas dos escritórios da Avenida Paulista, pessoas saudavam os manifestantes, que procuravam explicar para a população que lutavam por seus direitos.

Os dirigentes do Unificado mediaram a reunião com a Worktime (o sindicato não representa legalmente esses trabalhadores contratados) e, ao final, ficou decidido que a empresa irá quitar integralmente as verbas rescisórias até o limite de seu caixa. O restante terá de ser obtido através de ação judicial


Fundo garantidor

Uma das bandeiras da campanha dos petroleiros é pelo Fundo Garantidor para os trabalhadores terceirizados, como forma de acabar com essa palhaçada de as empresas darem calote nos empregados ao final de cada contrato.

“Está na hora de a Petrobrás assumir sua responsabilidade e criar mecanismos para que essas empresas não dêem calote nos trabalhadores”, afirmou o diretor do Unificado, Itamar Sanches.
Veja o vídeo da matéria exibida na TVT http://www.youtube.com/redetvt#p/u/4/fyojWILAolM

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

LANÇAMENTO CRÔNICA DE UMA ILHA VAGA

DIA 16 DE AGOSTO (TERÇA) DE 2011, 19H30,
NO BIERBOXX - RUA FRADIQUE COUTINHO, 842, VILA MADALENA - SÃO PAULO


Após muitos anos editando e publicando literatura de outras pessoas, resolvi me lançar ao ofício. Como jornalista, sempre gostei de contar uma boa história, relatos de cotidianos, mas literatura é massa de outra peculiaridade; muitas vezes, na correria do fechamento de uma matéria, "aquece-se o óleo" e coloca o pastel das informações para fritar. A massa que compõe as palavras e as ideias de um livro tem que ser batida e amassada várias vezes, deixar respingar o suor, apertá-la com mãos calejadas, deixar ao tempo para ganhar corpo e só depois recheá-la ao sabor de cada experiência. Assim, mesmo tendo a ideia inicial e a "espinha dorsal" do que queria contar, levei um ano e meio de madrugadas pouco dormidas, após a longa jornada diária de trabalho - quem conhece meu cotidiano sabe do que estou falando.

Esse nariz de cera todo é para convidá-lo a ir ao lançamento, que acontece na terça, dia 16 de agosto, no simpático bar Bierboxx, que oferece grande variedade de cervejas e chopes - um deles, o Bamberg, vai de cortesia para quem comprar o livro.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O DISCURSO E O TESÃO



Jovens do Brasil e de todo o planeta tomam as ruas como espaço de manifestação para as mais diversas causas, algumas que fazem torcer o nariz da esquerda tradicional. Utilizando as redes sociais e, com muita irreverência, redescobrem o prazer da luta. Texto Norian Segatto Foto Jesus Carlos





Cena 1: dia 25 de janeiro de 2011, centenas de milhares de manifestantes ocupam as ruas do Cairo, no Egito, para protestar contra o presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.
Cena 2: Dia 14 de maio, centenas de pessoas invadem as ruas de Higienópolis, bairro chique da cidade de São Paulo, em um bem humorado protesto contra a decisão do governo paulista de mudar o local da estação de metrô porque alguns moradores do bairro afirmaram que o meio de transporte atrairia “gente diferenciada” – eufemismo para “pobres” – para essa comunidade.
O que esses dois eventos, tão distantes geograficamente e de proporções e pretensões políticas têm em comum? Ambos foram convocados e organizados, principalmente, pelas redes sociais facebook e twitter sem a participação ativa de partidos políticos ou “lideranças” representativas; pelo contrário, a maioria dos manifestantes era composta de jovens sem vínculo partidário.
Usando o hashtag #Jan25 a sociedade egípcia deu ao mundo uma demonstração de como usar as redes sociais como panfleto eletrônico. Três dias depois daquele 25 de janeiro, Mubarak tentou cortar o acesso à internet e decretou toque de recolher. Em vão, após 18 dias de manifestações, o presidente-ditador deixou o poder em meio ao que foi chamado pela mídia de “primavera árabe”, e que se espalhou feito rastilho de pólvora pelo Oriente Médio.
Em São Paulo, após a manifestação em Higienópolis, o governo voltou a estudar a possibilidade de retornar e estação de metrô ao seu ponto original.



Indústria cultural
Quem andava pessimista com o poder de mobilização da juventude deve repensar seus conceitos. Muito antes da existência da internet, o filósofo canadense Marshall McLuhan cunhou a expressão “aldeia global”, vislumbrando uma rede de comunicação global voltada ao ensino. Nem mesmo esse visionário poderia imaginar sobre o potencial que estava por vir.
Menos otimistas que Mcluhan, os filósofos da Escola de Frankfurt (em especial Jürgen Habermas, Theodoro Adorno e Herbert Marcuse) criticavam o uso indistinto da tecnologia em substituição à organização política de massa. Para uma vertente da influente Escola, a tecnologia era o caminho mais curto para o totalitarismo político. Como consequência desse pensamento, não haveria solução para a humanidade sem a completa ruptura do sistema, pois qualquer forma de organização “por dentro da sociedade” significaria a cooptação pela indústria cultural.
Em mão oposta à corrente marxista de Frankfurt, o filósofo de direita estadunidense, Francis Fukuyama decretava, em 1989, o “fim da história”, prevendo a vitória do liberalismo sobre os modelos socialistas.
Como um trem doido, a história atropelou as ideias de Fukuyama e apita na curva alertando aos pessimistas de Frankfurt para saírem dos trilhos e darem lugar às novas gerações.



Eu vou
Por convicção ideológica, apoio a uma determinada causa ou apenas por modismo – motivos e motivações não faltam – o fato é que a juventude redescobriu as ruas como palco das manifestações e expressão pela liberdade
Em recente artigo à revista Carta Capital, o professor Boaventura Santos Sousa reafirma essa nova condição: “Os jovens acampados no Rossio e nas praças de Espanha são os primeiros sinais da emergência de um novo espaço público – a rua e a praça – onde se discute o sequestro das atuais democracias pelos interesses de minorias poderosas e se apontam os caminhos da construção de democracias mais robustas, mais capazes de salvaguardar os interesses das maiorias”.
Pelas redes sociais, em especial o facebook, existe uma completa programação de protestos, “já se tornaram quase uma agenda cultural da cidade”, define a estudante Luiza Tenório, 16 anos, “rata” de manifestações. Só este ano ela já participou dos protestos contra o aumento do ônibus em São Paulo, do churrascão de Higienópolis, contra o fechamento do cinema Belas Artes, no ato pela descriminalização da maconha e confirmou presença na próxima marcha pela liberdade. “Quando aparece algum convite no facebook, imediatamente marco, ‘eu vou’, diz a jovem, para quem o importante é estar antenada com os movimentos espontâneos que pipocam pela cidade de São Paulo.
Januária Rodrigues, de 18 anos, se arrependeu de ter ido na marcha da maconha com um short, acabou levando uma bala de borracha na perna. “Pegou de raspão, mas doeu pra cacete”, afirma; “agora, só vou de calça jeans”.

Quem são esses jovens?
Ao mesmo tempo em que existe uma grande quantidade de movimentos espontâneos, que surge e desaparece no dia seguinte, parcela significativa da juventude se organiza nos sindicatos, associações e partidos políticos com uma perspectiva radical de mudança da sociedade.
Nessa linha, a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) definiu em seu último congresso pela criação do coletivo da juventude, que se transformou em Secretaria, em maio de 2009, sob coordenação da comerciária Luciana Chagas Geremias. “Atuamos junto com outras secretarias, como a de Mulheres e o coletivo de Cultura, pensando políticas específicas para a juventude”, afirma Luciana.
Para compreender melhor quem é esse jovem, suas aspirações e desejos, a Secretaria está organizando uma grande pesquisa para conhecer o perfil da juventude brasileira. “Muitos ainda não se ligam em política, pensam que é coisa de velho e se preocupam mais em terminar os estudos, trabalhar e constituir família, mas acredito que isso está mudando, tem uma galera chegando aos sindicatos e nos partidos de esquerda com garra e vontade de fazer as coisas acontecerem”.

Dia Internacional da juventude
Em 12 de agosto comemora-se o Dia Internacional da Juventude. A data foi instituída pela ONU em 1999, a partir de movimentos de jovens da igreja católica, mas com o passar do anos, os movimentos sociais deram à data caráter mais politizado e reivindicativo.
A CUT, a UNE (União Nacional dos Estudantes) e outras entidades já preparam suas comemorações. “Vamos procurar trazer shows de música, atrações culturais e debates sobre a realidade do jovem no Brasil”, avisa Luciana.
É nessa rapaziada, garotos e meninas antenados com o mundo, que o país bota fé e aposta o seu futuro.


Publicado originalmente na revista UnificadoSP

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ESTADO DA PALESTINA JÁ



Fonte: vermelho.org.br




O Comitê de Campanha pelo Estado da Palestina Já!, criado em 2010 com a presença do embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, Ibrahim al-Zeben, realizou sua 4ª reunião nesta segunda (11). O grupo avançou, redigiu manifesto oficial, aprovado unanimemente, e definiu data e local para lançamento da campanha. Não estão sozinhos na luta: dia 15, sexta, israelenses e palestinos irão às ruas fazer manifestações pela mesma causa.

Comitê pelo Estado da Palestina Já!

Entre os presentes à reunião do Comitê pelo Estado da Palestina Já, nesta segunda (11) na sede do PCdoB, estavam representantes do PCdoB, PPL, CUT, MST, UJS, UNE, Oclae, Cebrapaz, CMP; ABIB (Mesquita do Brás),PT e liderança do PT na Alesp, Deputado Adriano Diogo (que se fez representar), além de repórteres do Gazeta Árabe.


Emir Mourad, diretor da Federação Palestina Árabe no Brasil (Fepal) e membros da UBM, MMM, PC Libanês e CPT (padre Naves) justificaram a ausência, revalidando apoio à iniciativa.

A decisão de consenso foi criar um manifesto de apoio à criação do Estado da Palestina e levá-lo aos mais diversos grupos e comunidades em busca de assinaturas que ratifiquem sua legitimidade.


Manifesto da campanha pelo Estado da Palestina Já!
O Povo Palestino tem o direito de ter o seu próprio Estado, livre, democrático e soberano! Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Plano de Partilha da Palestina, que resultou na criação do Estado de Israel. Essa iniciativa criou uma tragédia cotidiana para o povo palestino. Mais de 500 vilas e comunidades palestinas foram destruídas. Milhares foram presos, torturados e assassinados.

Palestinos foram expulsos de suas casas e de centenas de cidades. Cerca de 4,5 milhões de refugiados palestinos vivem hoje pelo mundo, sendo que a maioria destes se encontra nas fronteiras da Palestina ocupada, e o Estado de Israel segue negando o direito de retorno para todos. A ocupação militar israelense, com o apoio das potencias ocidentais, avançou e conquistou novos territórios, em Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e até mesmo nas terras sírias das Colinas de Golã e no Sul do Líbano.

Caberá a ONU, com base no direito internacional e em suas próprias resoluções, (em especial a 181, de 1947, que reconhece o Estado da Palestina) ratificar e admitir o Estado da Palestina como membro pleno da organização, caso contrário, será conivente com os crimes cometidos pelo colonialismo israelense contra o povo palestino.

Em setembro deste ano, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reconhecida internacionalmente como única e legítima representante do povo palestino, irá solicitar da ONU a aprovação do Estado da Palestina como membro pleno desta organização.

Enquanto o povo palestino vem insistindo por uma paz justa para o conflito, os sucessivos governos israelenses continuam não cumprindo as inúmeras resoluções da ONU, mantendo nos cárceres mais de oito mil presos políticos, reprimindo violentamente as manifestações pacíficas de palestinos e israelenses que defendem a criação do Estado da Palestina e seguindo na construção do muro do apartheid ou muro da vergonha, um muro que hoje já tem cerca de 500 km de extensão, e que proíbe a livre circulação de pessoas e produtos entre as cidades e vilas palestinas.

Uma paz justa e duradoura pressupõe a criação, de fato, do Estado da Palestina, e a inclusão deste como membro pleno da ONU, com todos os direitos e deveres que tal decisão implica.

Estados Unidos e Israel comandam a oposição sistemática para que os direitos inalienáveis do povo palestino ao retorno e à autodeterminação não sejam cumpridos.

Se a ONU permitiu a incorporação do Estado de Israel como membro pleno, apesar do mesmo não obedecer aos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, e de violar cotidianamente os direitos humanos, econômicos, sociais, políticos e culturais dos palestinos, é preciso que o Estado da Palestina também tenha o direito de existir plenamente já.

Apoiaremos as mobilizações populares dos palestinos que lutam contra o governo antidemocrático de Israel. Nós, militantes de organizações representativas do povo brasileiro, afirmamos: apoiar o povo palestino é apoiar todos os povos em sua caminhada de paz, justiça e liberdade!

Ouçam as vozes do povo brasileiro: Estado da Palestina Já!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Eduardo Galeano - lição de humano

INVESTIGAR PRA QUÊ?


Entre 2007 e 2010, trinta pedidos de criação de CPIs foram barrados na Assembleia Legislativa de São Paulo, pela base de apoio do governo estadual, impedindo que a população tenha conhecimento dos subterrâneos e negociatas do governo tucano em 16 anos de gestão à frente do maior estado do país

Há quase duas décadas à frente do governo do estado de São Paulo, o PSDB acumula pilhas de denúncias de mau uso do dinheiro público, desvio de verbas, licitações fraudulentas, corrupção e uma série de outras irregularidades que acabam vindo muito pouco a público devido à poderosa blindagem da máquina estatal e conivência da mídia.
O enredo funciona como uma trama rocambolesca, mas tem evitado, por enquanto, colocar a alta plumagem tucana no seu devido lugar no banco dos réus da História. Com maioria na Assembleia Legislativa do estado, o PSDB e aliados barram qualquer tentativa mais séria de investigação e criação de CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito. Como os requerimentos não são aprovados, não existe “notícia” e a grande mídia comercial não demonstra nenhuma vontade de investigar denúncias que trazem prejuízos de milhões para os cofres públicos – leia-se, seu bolso, contribuinte. Em reconhecimento a tamanha falta de vontade de se fazer jornalismo investigativo, empresas públicas e órgãos governamentais enchem a burra desses veículos de comunicação com publicidades, editais e compras governamentais.
De outubro de 2007 a junho de 2009, a administração do então governador José Serra transferiu dos cofres públicos para as contas do Grupo Civita (Editora Abril), R$ 34.704.472,52 com aquisições de quatro publicações “pedagógicas” e mais as assinaturas da revista Veja. Quem você acha que o semanário apoiou nas últimas eleições presidenciais?

Barrados no baile
As CPIs não julgam e não têm poder de punição, mas são forte mecanismo de fiscalização e podem propor soluções e encaminhar conclusões ao Ministério Público, à Defensoria, ao Poder Executivo e ao Tribunal de Contas do Estado.
Entre 2007 e 2010, os deputados estaduais da base de apoio do governo conseguiram arquivar 30 pedidos de CPIs feitos pela oposição (confira quadro na página 29), 26 apresentados pelo PT, dois pelo PSOL e dois pelo PDT. A bancada do PT chegou a impetrar um mandado de segurança no Tribunal de Justiça, sob a justificativa de que as CPIs são umas das formas de o poder legislativo exercer a sua função fiscalizadora, mas não obteve resultado prático.
No entanto, sem pressão popular, pouco se consegue avançar, afirma o ex-presidente do Sindicato dos Bancários, e atual deputado estadual, Luiz Claudio Marcolino. “A maneira de a sociedade contribuir é pressionando os deputados e exigindo a volta da instalação das CPIs”, afirma o parlamentar de primeira legislatura, mas que já sentiu na pele a bicada tucana; ele é um dos proponentes de um pedido de investigação – que não obteve número de assinaturas necessário – sobre os pedágios no estado.

Presssão e manobra
Em julho de 2007, após intensa pressão, o então presidente da Assembleia, Vaz e Lima (PSDB) anunciou a constituição de cinco CPIs sob o critério de ordem cronológica da apresentação do pedido, manobra que favoreceu parlamentares governistas, que imediatamente protocolaram pedidos de CPIs de temas pouco relevantes ou que ficaram sob absoluto controle dos interesses do governo do estado.
A CPI da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) foi encerrada em novembro de 2009 sem analisar documentos e ouvir envolvidos e testemunhas importantes na investigação das fraudes em licitações para a construção de casas populares, reclamaram parlamentares de oposição. Segundo o deputado Antonio Mentor (PT), a CDHU é campeã de contratos julgados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), somando à época da CPI, cerca de R$ 5,3 bilhões, mais de quatro vezes o orçamento anual da companhia, valor suficiente para a construção de 133 mil casas populares.
No ano de 2007, 11 pedidos apresentados pela oposição para instauração de CPIs foram arquivados devido ao boicote da base governista.

Festival de irregularidades
A denúncia de que o então governador José Serra gastou R$ 108 milhões e patrocinou até despesas em casas noturnas com cartões corporativos motivou o primeiro pedido de CPI da oposição em 2008. A CPI dos Cartões Corporativos foi enterrada pelos tucanos, juntamente com os pedidos das CPIs da Segurança Particular, da Alstom e do Detran.
No segundo semestre daquele ano tentou-se investigar a contratação de empresas de segurança particular pela CDHU e a denúncia de fraudes em licitações, faturamento e suborno de agentes públicos nos principais hospitais públicos do Estado, a chamada CPI Operação Parasitas.
Quando a base governista não consegue impedir a instalação de uma CPI, a tática é procurar esvaziá-la. Na da CDHU, em 2007, por exemplo, dos nove membros da comissão, sete eram da base do governo; nenhum requerimento dos dois deputados oposicionistas da CPI foi encaminhado.
Em 2009, uma CPI para investigar fraudes no licenciamento e no recolhimento de IPVA só teve uma reunião com quórum e foi extinta quatro meses depois sem qualquer atividade programada. Naquele ano, oito pedidos de CPIs (seis apresentadas pelo PT, uma pelo PSOL e uma pelo PDT) tiveram como destino a lata do lixo.
Denúncias sobre a Polícia Civil, baseadas em suspeitas de corrupção envolvendo o ex-secretário de Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto, e investigadores foram alvo do pedido de CPI do PDT, mas, como as demais, essa também foi rejeitada por falta de assinaturas.
Rolo compressor
Em 2010, escândalos envolvendo a Alston e as licitações do Metrô geraram muito bate boca no plenário da Alesp, mas as CPIs também não saíram do papel. O bloco governista boicotou outros três pedidos de investigação, entre eles suspeitas de fraudes no Instituto de Criminalística de São Paulo e para a apuração de indícios de má gestão e irregularidades no Instituto Butantã. Denúncias de falta de transparência na execução do orçamento do Judiciário de São Paulo foram alvo de um pedido de CPI pelo PSOL.
Na atual legislatura, o deputado Adriano Diogo é um dos que tem tentado furar o bloqueio para conseguir assinaturas suficientes para investigar as organizações sociais que prestam serviços para o estado. “Há sérios indícios de irregularidades nesses contratos, mas sem uma CPI nós pouco podemos fazer”, reclama Diogo. “Em certos casos, os próprios deputados de oposição são reticentes em assinar um pedido, devido a interesses regionais”, alfineta o parlamentar petista.
A dificuldade que a oposição encontra para furar o bloqueio feito pela tropa de choque governista se explica por uma simples equação numérica: na legislatura anterior (2007/10), a base de apoio do governo contava com 71 parlamentares contra 23 da oposição. Na atual, apesar de o PT ser a maior bancada individual, com 24 deputados, a situação detém 60 das 94 cadeiras do parlamento. Esse número varia de acordo com interesses e disputas particulares, mas a base governista continua com folgada maioria para impedir que qualquer investigação avance.
O poder Executivo e a maioria do Legislativo estão sob controle dos tucanos; o Judiciário é, em geral, subserviente aos interesses do governador; e o chamado “quarto poder”, a mídia, convenientemente se cala diante das denúncias e escândalos. Um verdadeiro rolo compressor contra o direito de exercício de cidadania do morador do estado de São Paulo. Mas contra essa situação existem algumas armas: pressão popular, mobilização e voto.




(Matéria publicada originalmente na revista UnificadoSP, do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Livro aborda potencial da economia solidária



Em 2008, a Agência de Desenvolvimento Solidário da Central Única dos Trabalhadores (ADS-CUT), com o patrocínio da Petrobrás, realizou duas extensas pesquisas para conhecer o perfil dos empreendimentos solidários (cooperativas) e o conhecimento do empresariado nesse nicho de mercado.

O resultado agora se transforma no livro Conexão Solidária, que apresenta o resumo da pesquisa impresso e um CD com informações adicionais. “Esta publicação será muito útil para desmistificar alguns tabus em torno do cooperativismo e mostrar a viabilidade econômica desses empreendimentos”, destaca Antonio Carlos Spis, que participa da direção da ADS-CUT.

O livro teve patrocínio do BNDES e não será comercializado, sua distribuição será feita pela ADS para setores empresariais, formadores de opinião, bibliotecas e órgãos do governo. “Pretendemos que este livro ajude a impulsinoar a central de comercialização que a ADS está criando”, afirma Ari Aloraldo, coordenador da Agência.

sábado, 21 de maio de 2011



Morte ao Ronald McDonald´s




fonte: vermelho.org

Médicos dos EUA realizam uma campanha contra o McDonald’s para que a empresa deixe de promover seus produtos entre as crianças. O principal objetivo, divulgado em carta aberta, é dar fim ao personagem Ronald McDonald, o que está sendo chamado como “a morte de Ronald”. A principal alegação é que os sanduíches da rede de fast food são ricos em sal, gordura e açúcar e são hipercalóricos, o que não faz bem para as crianças. A carta também pede que o McDonald’s deixe de incluir brindes no “Mc Lanche Feliz”.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cê tá de castigo, vá ler um livro

Reportagem veiculada pela Rádio CBN. Em Ribeirão das Neves (MG), funcionários de uma escola estão sendo acusados de maus tratos a uma criança de 8 anos, que teria sido forçada a colocar o dedo em um vidro de pimenta e levar o dedo à boca, como castigo por falar palavrões em sala de aula. Lá pelas tantas da matéria, o reporter informa que a Secretaria do Estado da Educação recrimina esse tipo de prática (óbvio) e sugere outras penas como "ler um livro". É isso mesmo, o castigo sugerido pela Secretaria de Educação a pirralhos mal comportados é ler. É assim que se tenta formar leitores neste país... o ato de ler, em vez de prazeroso, é dado como corretivo.


Difícil é saber o que e mais lamentável, a "alternativa" dada pela Secretaria ou o fato de o repórter dizer que essa é uma medida "educativa".


E ainda tem alguns que dizem que a culpa do baixo índice de leitura é apenas por conta do alto custo do livro.
Ouçam a reportagem

terça-feira, 22 de março de 2011

A mídia se embriaga com o cheiro das bombas do império



Para "proteger" os cidadões da Líbia, os Estados Unidos aprovaram uma resolução que permite ao país bombardear o país árabe e assassinar mulheres e crianças; enquanto isso, o "ditador" Kadaffi distribui armas ao povo para se defender da invasão.




Responda rápido, qual ditador, odiado pelo povo, como não se cansa de repetir a Globo, Estadão, Folha e seus lacaios, distribui milhões de armas para a população em meio a uma suposta revolta popular para tirá-lo do poder?




Não considero Kadaffi benfeitor da humanidade, como alguns tentam apregoar, ele comanda a Líbia a ferro e fogo, mas enfrenta há quatro décadaas a tentativa de hegemonia estadunidense na região. É disso que nossa mídia - que baba com a visita de Obama - tem mais ódio: como podem países sem expressão mundial, como Cuba e Líbia se atreverem a enfrentar o poderoso império? Só pode ser ditador quem faz isso... bombas neles, as milhares de crianças e mulheres que irão morrer e se mutilar são só um detalhe para os objetivos maiores da "democracia" do império.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O PRÉ-SAL E A CRISE NO ORIENTE MÉDIO

Uma a uma, antigas ditaduras do Oriente Médio vão sendo varridas por manifestações populares das mais diversas matizes. Os EUA, patrocinador histórico de ditaduras como a de Mubarak, no Egito, se pintam de democráticos e exigem a alternância de poder. A intenção estadunidense é clara: manter posição privilegiada na região mais explosiva do planeta, garantir o fornecimento de petróleo e impedir o avanço político de forças anti norteamericanas.
O caso da Líbia é ainda mais emblemático, Kaddafi nunca foi aliado dos EUA, apesar de há muito ter deixado preceitos que preconizava em seu “livro verde”, que chegou a atrair algum interesse das esquerdas na década de 1970.
O Oriente Médio vive uma convulsão que nem os mais experientes analistas internacionais se atrevem a arriscar um palpite sobre o que acontecerá na semana seguinte, tal a velocidade e complexidade dos fatos.
Uma das consequências dos conflitos é o aumento exponencial do preço do barril do petróleo, que ultrapassou os US$ 100 o barril, prenunciando mais um período de crises em nível mundial.
Este cenário torna a descoberta e a exploração do pré-sal ainda mais importante e estratégica para o Brasil.
Após a crise energética de 1974, todos os países produtores adotaram políticas para fortalecer o poder do Estado no controle das reservas petrolíferas, esvaziando, na prática, o poder das multinacionais (que chegaram a ser chamadas de 7 irmãs). Nos anos 1990, o Brasil ainda seguia na contramão desta tendência, deixando a maioria de suas riquezas nas mãos da iniciativa privada, sem ter o Estado a capacidade de determinar políticas energéticas de longo prazo.
A volta dos investimentos na Petrobrás, a descoberta do pré-sal e mudanças na lei do petróleo garantiram uma maior autonomia do governo, mas ainda é pouco. O governo Dilma precisa suspender definitivamente os leilões, aprofundar o marco regulatório do setor energético e rever os leilões já ocorridos na área do pré-sal.
A crise no Oriente Médio é benéfica para a população árabe, do ponto de vista das instituições políticas, e pode ser vantajosa para o Brasil do ponto de vista econômico. Mas o governo precisa ter coragem.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Valeu, Scliar!

Faleceu ontem (27/2/2011) o escritor Moacyr Scliar, um dos mais respeitados e instigantes autores brasileiros, ganhador de três prêmios Jabuti (2009, 1993 e 1988) e do prêmio Casa de Las Américas em 1989.
Tive uma rápida conviência com Scliar quando lancei o livro Corpos - contos eróticos. A proposta da publicação era fazer um apanhado do erotismo a partir da visão masculina e procurei escolher escritores de várias "vertentes".
Não conhecia Scliar pessoalmente, através de amigos consegui seu telefone em Porto Alegre. A Limiar estava apenas engatinhando, tinha publicado dois ou três títulos, era absolutamente desconhecida no mercado editorial. Mesmo assim liguei para o Scliar, expliquei o projeto do livro e perguntei se ele aceitaria participar da coletânea.
Com uma risada, que não era de ironia nem descaso, ele se surpreendeu ao ser convidado para uma coleção de contos eróticos, e me perguntou qual texto eu desejaria publicar. "Paixões orais", respondi.
- Pode publicar, como você costuma fazer com os direitos autorais? - perguntou
- Bem, somos uma editora pequena, a proposta é pagar uma porcentagem sobre as vendas.
- Ih! Isso é complicado, tem que ficar fazendo relatório sempre, eu prefiro que você proponha um valor e fique com o texto para publicar quantos exemplares quiser.
- E quanto seria este valor? - perguntei, já imaginando que não teria como pagar.
- Propõe você.
- Quinhentos? - quase gaguejei diante da miséria da oferta.
- É seu, pode publicar, me encaminhe um exemplar quando ficar pronto.

E, assim, por telefone, sem nunca ter me visto, fechamos sua participação no livro. O encontrei ao vivo na Bienal do Rio e de São Paulo em outras ocasiões e ele sempre foi muito solícito, brincando - equivocadamente - que eu era o editor mais jovem com quem ele já trabalhara.

Essa pequena mostra do generoso ser humano que era o doutor Moacyr Scliar explica, em parte, o grande e sensível escritor que o Brasil acaba de perder.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Tarde poderá rever demissão de jornalista e Redação aguarda em estado de greve

Texto: Izabela Vasconcelos. fonte: comunique-se.com.br


A direção do jornal A Tarde afirmou em reunião com a Redação e representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sindjorba), que poderá rever a demissão do repórter Aguirre Peixoto, dispensado do jornal na quarta-feira (9/2).

Segundo colegas de profissão, o jornalista foi demitido por pressão do mercado imobiliário, que se sentiu prejudicado com uma série de reportagens, assinadas por ele, com denúncias sobre crimes ambientais. No entanto, o veículo nega e diz que a demissão aconteceu por questões administrativas. Antes disso, Peixoto já havia sido processado por uma das empreiteiras pelas matérias.

O jornal também se comprometeu a redigir uma linha editorial clara. Até que isso aconteça, a Redação anunciou que está em estado de greve. Ontem à noite, alguns profissionais cruzaram os braços por duas horas, para pressionar a direção da empresa a explicar a demissão de Peixoto.

Para uma fonte do veículo, que não quis se identificar, apesar de o jornal admitir rever a demissão, essa decisão pode ser apenas simbólica, sem grandes mudanças na vida de Peixoto.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

McDonald´s é multada e big mac emburrece

Por descumprir acordos trabalhistas, a rede de fast food McDonald’s será obrigada a destinar R$ 11,7 milhões, nos próximos nove anos, à promoção de campanhas publicitárias contra o trabalho infantil. A punição foi aplicada pelo Ministério Público do Trabalho. A multinacional deverá doar outros R$ 1,5 milhão à Faculdade de Medicina da USP para a aquisição de equipamentos de reabilitação física.

Pesquisa
Crianças com dieta rica em comida processada (leia-se, McDonald's entre outros) podem apresentar Q.I. ligeiramente mais baixo, de acordo com um amplo estudo divulgado no "Journal of Epidemiology and Community Health" da BMA (British Medical Association) e que já está sendo aclamado como o mais abrangente do tipo.

A conclusão da pesquisa é o resultado do acompanhamento de 14.000 pessoas nascidas na Inglaterra entre 1991 e 1992, que tiveram a saúde e o bem-estar foram monitorados aos três, quatro, sete e oito anos e meio.

A matéria pode ser conferida no endereço
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/872372-estudo-relaciona-dieta-de-junk-food-a-qi-baixo.shtml

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Trem doido, lançamento 8 de fevereiro

Feira de troca de brinquedos na Casa das Rosas, dia 30 de janeiro

Como parte das comemorações do anoversário da cidade, a Casa das Rosas (Av. Paulista, 37 - Bela Vista) realiza neste domingo, dia 30, das 10h às 13h, a FEIRA DE TROCA DE LIVROS INFANTIS, GIBIS E BRINQUEDOS.

Leve seu livro, gibi e aquele brinquedo que pede para ser trocado por outro. Não vale livro didático, nem brinquedo quebrado!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

TREM DOIDO, novo livro do Mouzar Benedito, será lançado dia 8


"Mineiro gosta mesmo de trem. Não tem jeito. E chama tudo de trem: refere-se a panelas e pratos como trens de cozinha, doença é um trem e o remédio também é (um mineiro piorava de saúde e me dizia que teve um trem esquisito, mas depois tomou um trem que o farmacêutico receitou e ficou bom). Já vi gente comprar trem de escritório, trem de matar mosquito, trem de tudo quanto é tipo. Mulher bonita é trem bão ou trem doido.
Como diz a piada, mineiro só não chama uma coisa de trem: o trem, quer dizer, o trem de ferro. Contam que uma família esperava o trem numa estação mineira e, quando ele apontou se aproximando da estação, o homem falou pra mulher:
— Mulher, pega os trens que lá vem o baita."


Este é um fragmento do novo livro de "causos " de Mouzar Benedito, no qual ele relata em primeira pessoa diversas experiência pelos confins do país.


Trem doido é uma publicação da Editora Limiar e foi contemplada com o Proac 2010, da Secretaria de Cultura do governo do Estado de São Paulo.


O lançamento acontece no Restaurante Consulado Mineiro, que fica na Praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Quem quiser adquirir o livro, entre no site da Editora Limiar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Limiar inaugura blog

Desde o início do ano, a Editora Limiar substituiu seu sítio na internet por um blog, um veículo mais ágil, que permite um contato mais próximo com os leitores e maior interatividade.

O sistema de compras de livros online também ficou mais simples e confiável com a parceria estabelecida pela Limiar com o Pag Seguro, do grupo.

Visite a página pelo endereço www.editoralimiar.com.br