Douglas Izzo (CUT-SP), Onofre Gonçalves (CTB), Raimundo Bonfim (CMP), Gilmar Mauro (MST) e Tiago Pará (Levante Popular), durante coletiva da Frente Brasil Popular (foto Norian Segatto) |
A Frente Brasil Popular
promoveu na tarde da quarta (30.mar.2016) uma entrevista coletiva para falar
sobre o ato programado para esta quinta-feira, em Brasília, na Praça da Sé, em
São Paulo, e em diversas outras cidades do país.
Na capital paulista, a
concentração do evento está marcada para às 16h, com apresentações culturais e
ato político a partir das 18h.
Raimundo Bonfim, da Central de
Movimentos Populares, lembrou que as manifestações do dia 31 irão relembrar os
52 anos do golpe de 1964. É uma data simbólica, afirmou o dirigente do CPM. Ele
também informou que estão sendo formadas brigadas e comitês populares contra o
golpe. “No último final de semana, diversos militantes percorreram a periferia
de São Paulo conversando com a população e mostrando que não pode haver
impeachment sem golpe”.
Bonfim informou, ainda, sobre
o acampamento permanente que a Frente Brasil Popular promove na Praça do Patriarca,
centro de São Paulo, onde, diariamente ocorrem diversas atividades.
Para Gilmar Mauro, da
coordenação nacional do MST, o momento político está gerando um processo de
politização na sociedade, que passou a discutir mais, se interessar mais pelo
que acontece na política. Segundo ele, nos últimos dias diversos segmentos têm
se incorporado à luta pela legalidade democrática, como intelectuais, artistas
e expressivos setores da classe média. “O ascenso das ideias fascistas do lado
de quem defende o impeachment fez com que vários setores começassem a perceber
a gravidade da situação”.
Sobre o rompimento do PMDB e
um eventual governo sob a presidência de Michel Temer, o presidente da CUT-SP.
Douglas Izzo, afirmou que sua central sindical não reconhece um governo Temer e
que os movimentos permanecerão nas ruas contra o que chamou de a volta do
projeto neoliberal. O projeto daqueles que perderam nas urnas, afirmou Douglas,
é fazer um ajuste fiscal e um pacote econômico que retire direitos dos
trabalhadores e da população, não é à toa que quem está financiando os setores
golpistas seja a Fiesp. “Lutamos pela legalidade democrática, mas temos uma
agenda política para negociar com o governo, não queremos o ajuste fiscal, não
queremos a reforma da previdência, queremos a reforma urbana e agrária, entre
outros pontos”.
Para Gilmar Mauro, a solução
para a governabilidade de esquerda passa por “discutir formas de participação e
poder popular para superar a lógica da atual política brasileira”.
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