sexta-feira, 25 de maio de 2012

TV a serviço de Gilmar Mendes defende criação de grupo de extermínio para crianças de rua

Por Leandro Fortes do Brasília Eu Vi

Esse senhor que aparece no vídeo se chama Márcio Mendes. É um pseudojornalista que a família do ministro Gilmar Mendes, do STF, mantém como cão raivoso na emissora de TV do clã para atacar adversários e inimigos políticos.
A TV Diamante, retransmissora do SBT, é, acreditem, uma concessão de TV educativa apropriada por uma universidade da família do ministro. Mendes. Vejam esse vídeo e vocês vão entender, finalmente, a razão. Esse cretino que apresenta esse programa propõe a criação de um grupo de extermínio para matar meninos de rua. Pede ajuda de empresários e comerciantes para montar um “sindicato do crime”, uma espécie de Operação Bandeirante cabocla, para “do nada” desaparecer com esses meninos. E preconiza: “Faz um limpa, derrete tudo e faz sabão”.
Repito: trata-se de transmissão em concessionária educativa na TV da família de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Eu denunciei isso, faz dois anos, na Carta Capital, em uma das matérias sobre os repetidos golpes que o clã dos Mendes dá para derrubar o prefeito eleito da cidade de Diamantino, que ousou vencer a família do ministro nas urnas. Vamos ver o que diz o Ministério das Comunicações e a Polícia Federal, a respeito. Seria bom saber qual a posição do SBT, também.


Veja o vídeo cliqcando aqui http://youtu.be/jt5WB7IQl8Q

fonte: camaraempauta.com.br

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Já faz algum tempo que foi lançado (em junho de 2011), mas vale o registro. Resgatar a história que está contida no dia a dia de uma quase secular entidade como o Sindicato dos Padeiros de São Paulo não é tarefa fácil, mas é indispensável para que as atuais (e futuras) gerações compreendam a importância da organização da sociedade em seus vários instrumentos.

Infelizmente, muitos dirigentes sindicais ainda não têm essa compreensão. Grata exceção é o presidente do Sindicato dos Padeiros, Chiquinho Pereira, liderança com sensibilidade e visão de futuro. A categoria dos padeiros deve se orgulhar de ter alguém como o Chiquinho à frente de sua entidade.

O livro "Tempos de luta e glória", escrito pelo sempre competente Claudio Blanc, retrata com depoimentos, documentos, fotos e notícias de época os 80 anos de história do Sindicato dos Padeiros. 

Vale conferir a publicação (que não está à venda) e que sirva de exemplo para que outras entidades não deixem sua memória ser comida por traças em algum arquivo mal conservado.   

sábado, 5 de maio de 2012

Opções para fugir da virada muvucultural


É noite de Virada Cultural em São Paulo, com diversas boas atrações. Mas para quem não está a fim de multidão, seguem umas dicas:
Até domingo, 6 de maio, fica em cartaz a “ocupação angeli”, no Itaú Cultural. Despretensiosa e competente, a exposição revela as múltiplas facetas da criação do cartunista Angeli, das angústias e desorientações do movimento punk ao cartum político, engajado, passando por personagens sadomasoquistas e do submundo paulistano/universal. Angeli é um grande criador de personagens. Vale conferir – se der tempo.
Museu de Arte Moderna: no Ibirapuera. A grande sala traz a primeira individual na América Latina do alemão Wolfgang Tillmans, primeiro fotógrafo a ganhar o Turner Prize (2000). Imagens em cores fortes, imagens militantes, que criam um universo desconexo e revelam o olhar atento do artista. Curadoria de Felipe Chaimovich, Julia Peyton-Jones, Hans Ulrich Obrist e Sophie O’Brien.
Na Sala Paulo Figueiredo. A exposição de fotos de German Lorca,90, propõe a indagação entre os limites do real e da encenação. Fotos em P&B, do cotidiano paulistano, são impactantes pela beleza plástica e expressionismo. Me chamou a atenção, particularmente, a foto da construção do auditório, aquela nave espacial de boca aberta a nos receber, projetada por Niemeyer. Na foto, uma senhora leva uma criança pelas mãos em direção à nave, ao primeiro contato. Curadoria de Daniela Maura Ribeiro. Me impactou mais esta do que a do Tillmans.
NOVO MAC USP
Após 5 anos, o prédio, também projetado por Niemeyer, que abrigava o Detran, dá lugar ao Mac-Usp. Inaugurado, por questões políticos/eleitorais, apesar de estar apenas parcialmente completo, abriga a exposição O Tridimensional no Acervo do MAC: Uma Antologia. Vale conferir, mais pelo local que se tornará um dos maiores museus do país. A exposição apresenta trabalhos dos artistas: Frida Baranek, Eduardo Climachauska e Paulo Climachauska, Sérvulo Esmeraldo, Carlos Fajardo, Carmela Gross , Liuba Wolf, Maria Martins, Cildo Meireles, Henry Moore, Ernesto Neto, Gustavo Rezende, Chihiro Shimotani, François Stahly, Sofu Teshigahara, Ângelo Venosa, Ales Villegas, Franz Weissmann e Haruhiko Yasuda.


O Museu da Língua Portuguesa traz uma exposição em homenagem a Jorge Amado. Exposição bacana, montagem caprichada, mas com recorte por demais paulistano (leia-se Daniela Thomas) para expressar toda a tropicalidade-universalidade deste grande romancista. Vale muito a pena conferir.
No cinema, imperdível Pina 3D, no Reserva Cultural.


Se nada disso lhe agradar, sugiro uma boa leitura: Haicaos, poemas de Sandra Regina e Múcio Góes. Bem, sugiro o meu também... (Crônica de uma ilha vaga).