segunda-feira, 27 de julho de 2009

Gripe suína: o homem da guerra na "indústria da vida"


De tempos em tempos o planeta é sacudido por uma nova ameaça “letal”, uma epidemia, uma gripe, uma pandemia (doença que se alastra em nível mundial, sem controle). A da vez é a gripe suína, que surgiu quase sem ninguém se atentar como e se espalha pelo planeta com a velocidade que um vírus dessa natureza normalmente tem. Até agora, nada para criar pânico, apesar de a imprensa diariamente divulgar os novos casos e as mortes decorridas da infecção – em última instância, uma gripe como as demais.
Mas, se assim é, porque tanto alarde na propagação e tão pouca investigação sobre a origem da nova pestilência?
Como este blog já noticiou, os primeiros casos da gripe foram detectados na localidade de La Gloria, no México, onde se localiza a Granja Carroll, uma das maiores criadoras de rebanho suíno, cujo controle acionário pertence a Smithfield Foods, maior empresa do mundo em produção e comercialização de carne suína. Mas a mídia, em especial a tupiniquim, pouco ou nada comentou sobre essa “curiosa” parceria.
Quando o vírus da gripe suína H1N1 se espalhou pelo mundo, aparece uma droga que promete resolver a questão, o agora famoso Tamiflu. Quem detém a patente e comercialização desse remédio? Os laboratórios Roche e a empresa Gilead Sciences. E quem é o chefão da Gilead? Nada menos que Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa do governo Bush, um dos ideários da invasão do Iraque.
Em 2005, quando a mídia pulava feito pipoca divulgando o “pânico” mundial da gripe aviária (H5N1), a administração Bush determinou a vacinação de todos os soldados que se encontravam fora do país. O próprio Rumsfeld fez o anúncio da compra pelo governo de U$ 1 bilhão em doses do remédio. Dias depois, a Casa Branca enviou um pedido ao Congresso dos EUA para a compra de mais U$ 2 bilhões em estoques do Tamiflu. Segundo dados de abril de 2009, da Organização Mundial de Saúde, a gripe aviária matou em todo o planeta 257 pessoas. A gripe comum mata, em média 500 mil por ano. O Rumsfeld diretor presidente da Gilead agradece ao Rumsfeld secretário de Defesa.
Em artigo publicado dia 29 de abril de 2009, no sítio Global Research, o jornalista e escritor F. William Engdahl afirma: “pânico e medo de morte foram usados pela administração Bush espertamente para promover a fraude da gripe aviária. Como agora com os ecos de pânico da gripe suína, a gripe aviária foi identificada primeiramente em uma fazenda da Tailândia... em vez de fazer uma séria investigação das condições sanitárias dos produtores estadunidenses, a administração Bush devastou a economia de pequenos agricultores produtores de aves. Tyson Foods, de Arkansas, e CG Group, da Tailândia, sorriem e agradecem” (artigo completo, em inglês, pode ser lido no http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=13408).
Interesses econômicos escusos movem não apenas a indústria da morte, via invasões a países soberanos, mas também a “indústria da vida”, que usa a influência (qualquer trocadilho com “influenza” não é mera coincidência) para se locupletar, mesmo que isso signifique usar a manipulação da mídia para promover pânico mundial.

Um comentário:

Artur Felipe disse...

Bom saber que existem pessoas com olhos bem abertos, que conseguem "enxergar' as tramóias por detras dos fatos rotineiros, aparentemente insignificantes, enquanto boa parte da população apenas "vê" e nada compreende.

Parabéns pelo post!