Plenário da Câmara durante votação: foto de Luiz Macedo |
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
MP 795: R$ 1 trilhão para as petrolíferas estrangeiras em isenções
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Notícia falsa e interesses verdadeiros
“Fake News” (notícias falsas) é uma expressão nova, que
ganhou popularidade a partir da campanha presidencial estadunidense, que elegeu
Fake Trump. Contra essa corrente, que dissemina nas redes sociais qualquer
informação sem comprovação existe a tendência de se procurar a “mídia séria”
para se saber a verdade. Será?
De fato, a chamada mídia tradicional tem, ou deveria ter, o
compromisso de checar informações antes de publicá-la e procurar dar a versão
mais isenta possível. Coitado de quem acredita que isso ocorre no dia a dia das
redações.
Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, império de
comunicação que reinou por quase 60 anos no Brasil, descaradamente inventava
notícias para atacar seus oponentes. Com os Marinho, da Rede Globo, não é
diferente. É notório o caso de um famoso jornal paulistano, que já não existe,
cujo diretor de redação telefonava – geralmente em estado já alterado - a altas
horas para a redação para ditar a manchete do dia seguinte, pouco interessando
se ela condizia com a verdade da matéria. Nas eleições de 1982, circulavam
fotos de uma mansão no Morumbi atribuída a Lula, então candidato a governador
de São Paulo. Em 1989, na eleição presidencial, diversos veículos noticiaram
que o PT havia sequestrado o empresário Abílio Diniz. Não faltam exemplos de
quão “criteriosa” e “ética” é nossa mídia.
Com a possibilidade de qualquer pessoa ou grupo se tornar um
emissor de notícias e a rede fazer o papel de ventilador a espalhar por quatro
cantos do planeta, a primazia da mentira saiu dos grandes veículos de
comunicação e passou a ser prática cotidiana.
General de araque,
perigo verdadeiro
Uma das mais recentes é um áudio que circula por grupo de
whatsapp, em que um general Aureliano defende a intervenção militar, diz que
todo o Congresso é corrupto e que altas patentes do exército já se mobilizam para
concretizar o golpe militar. Mesmo tendo quase certeza de se tratar de mais um
fake, consultei a assessoria de imprensa do Exército, que informou não haver
nenhum general Aureliano em seus quadros. Se ele é um oficial reformado não
cabe à corporação ajuizar suas opiniões, mas nem nos quadros de aposentados
consta o tal general, informou a assessoria ao blog.
Em política existe o chamado “balão de ensaio” (outro termo
para o atual “fake”), ou seja, lança-se uma notícia para detectar a reação do
público ou de setores interessados. Por exemplo: o animador de plateia Luciano
Huck é um forte candidato a presidência... vamos ver se cola e qual é a reação
dos empresários, dos políticos tradicionais etc. Se não decolar, volta-se atrás
e vida que segue...
O mesmo raciocínio vale para o áudio do dito
general. Após a divulgação várias manifestações de apoio ao golpe surgiram como
forma “espontânea” da população. É uma maneira singular de ir criando um perigoso
caldo de cultura, mas é assim que o ovo da serpente se choca, bem embaixo de
nossos incautos narizes.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
ATO DE SOLIDARIEDADE AOS 18 JOVENS DETIDOS NO CENTRO CULTURAL
No dia 4 de setembro de 2016, 19 jovens e três adolescentes foram presos no Centro Cultural São Paulo quando se preparavam para participar de uma manifestação pelas eleições diretas. Entre eles havia um capitão do exército infiltrado responsável por armar a prisão desses jovens, que lutavam por democracia.
Foram levados ao DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) onde ficaram ilegalmente detidos por 30 horas e impedidos de se comunicar com suas famílias e advogados. Esses jovens estão sendo acusados de associação criminosa e corrupção de menores.
Nesta sexta-feira, 10.nov.2017, às 14 horas, grupos de solidariedade a esses 18 jovens farão um ato em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, onde ocorre nova audiência do caso.
É importante a presença de quem puder comparecer para pressionar que a justiça seja feita e esses jovens não sejam condenados por participar de uma manifestação que reuniu mais de 100 mil pessoas. A grotesca tentativa de incriminar esses manifestantes é um perigoso precedente para a democracia, já tão abalada no país pós golpe.
Para saber mais e acompanhar o movimento de solidariedade acesse facebook.com/solidariedadeaos18doccsp
O Fórum Criminal da Barra Funda fica na Av. Doutor Abraão Ribeiro, 313, São Paulo.
Leia também
http://sociedadepoliticaecultura.blogspot.com.br/2017/09/jovens-serao-julgados-por-defender.html
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