Em 1989, no auge da disputa eleitoral entre Lula e Fernando
Collor, eu e um pequeno grupo de amigos (Denise Gorzceski, Marcos Paixão e
Renato Rovai), recém-saídos da faculdade de Jornalismo, editávamos uma revista
chamada Aliás – que durou exatos dois números e meio... (o terceiro não chegou
a ser impresso).
Para o número dois, eu e o Renato entrevistamos dona Marisa
Letícia, já uma guerreira, que acompanhava o marido Lula desde sua trajetória
no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Segundo dona Marisa, na época,
aquela era a primeira vez que um veículo de imprensa comercial a entrevistava.
Recentemente, Rovai me enviou a matéria em PDF, que reproduzo
aqui. Quando perguntada se a eventualidade de se tornar primeira dama da
República a assustava, ela respondeu: “Não, não me assusta, porque me sinto
igual a elas [outras poderosas primeiras damas espalhadas pelo mundo]. Não sei
se o PT vai encaminhar dessa forma o papel da mulher do presidente, mas se for
para ser assim, acho que não haverá problema algum. Eu não me sinto inferior a
ninguém”.
A história provou que a firmeza, a coragem e a sensibilidade de
dona Marisa eram garantias para não ser nem se sentir inferior a ninguém...
muito pelo contrário, a tornaram figura ímpar ao lado de seu companheiro Lula.
Não sei se de fato foi a primeira entrevista de dona Marisa, mas me orgulho muito de tê-la feito.
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