quarta-feira, 8 de junho de 2016

PROJETO TUCANO QUER PRISÃO PARA PROFESSOR QUE DIFUNDIR PENSAMENTO DE ESQUERDA

Antigas de OSPB são exemplo para autor do projeto


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1411/2015, do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que tipifica como crime o que chama de assédio ideológico de professores sobre os alunos da rede pública. Em sua justificativa, o parlamentar não escamoteia a intenção de barrar a pluralidade de pensamentos, naquilo que considera “receita política do PT”.


O projeto prevê pena de três meses a um ano de detenção, mais multa. Mas não para por aí, diz o texto do projeto:  § 1°. Se o agente for professor, coordenador, educador, orientador educacional, psicólogo escolar, ou praticar o crime no âmbito de estabelecimento de ensino, público ou privado, a pena será aumentada em 1/3. § 2º. Se da prática criminosa resultar reprovação, diminuição de nota, abandono do curso ou qualquer resultado que afete negativamente a vida.

Ou seja, se um aluno for reprovado ou tiver nota baixa e disser que isso foi causado pela “doutrinação ideológica” do professor, o educador poderá ser preso.

Em recente debate na rádio da Câmara dos Deputados, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) chamou a atenção para o absurdo de tal proposição, alertando que o projeto é uma forma de barrar o pensamento de esquerda e deixar que as escolas fiquem (como aconteceu por muitas décadas) apenas com a doutrina de direita. “Olha o que estão propondo, os professores vão para a cadeia se forem ter um pensamento que não for da direita. É isso que estão propondo, se for de direita não é assédio ideológico, mas ter um pensamento mais democrático será assédio ideológico. Ser neoliberal e reacionário, defender a ditadura militar não será assédio ideológico”, afirmou o parlamentar.
Replicando os argumentos de Uczai, Rogério Marinho, no mesmo programa de rádio, exaltou os antigos cursos de OSPB e Moral e Cívica, que eram proferidos por militares nas escolas públicas.

Clique aqui para ouvir o áudio completo do debate entre os deputados Pedro Uczai e Rogério Marinho.

Acesse aqui a íntegra do projeto de lei 





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