quinta-feira, 28 de abril de 2016

Você sabe por que a imprensa sindical acentua a palavra "Petrobrás" e a mídia comercial não?




A palavra "Petrobrás", designação da empresa Petróleo Brasileiro S.A, sempre foi acentuada por tratar-se de uma oxítona (recebem acento agudo ou circunflexo as palavras oxítonas terminadas em 'a', 'e' ou 'o', seguidas ou não de 's', diz a regra). 

Desde o início do mandato de Fernando Henrique (1995-2002), a palavra foi gradualmente perdendo seu acento, com o argumento de que não se acentuam siglas. O interesse, no entanto, era tornar a palavra mais "palatável" para estrangeiros, principalmente de língua inglesa (quem serão?). Com a quebra do monopólio do petróleo, em 1997, a mídia assumiu de vez a versão sem acentro (com exceção de alguns órgãos, entre eles o jornal O Estado de São Paulo, que até hoje mantém a grafia original).


Para resistir ao simbolismo desta desnacionalização, o movimento sindical se mantém firme na grafia acentuada.  

No ano 2000, a turma de FHC voltou à carga tentando mudar o nome da Petrobrás para PetroBrax, muito mais sonoro a ouvidos (e bolsos) anglo saxões. A "brincadeira" durou 48 horas e custou US$ 50 milhões (em valores do ano 2000) só para a agência de propaganda Und. 

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