A palavra "Petrobrás", designação da empresa Petróleo
Brasileiro S.A, sempre foi acentuada por tratar-se de uma oxítona (recebem acento agudo ou circunflexo as palavras
oxítonas terminadas em 'a', 'e' ou 'o', seguidas ou não de 's', diz a
regra).
Desde o início do mandato de Fernando Henrique
(1995-2002), a palavra foi gradualmente perdendo seu acento, com o argumento de
que não se acentuam siglas. O interesse, no entanto, era tornar a palavra mais "palatável" para estrangeiros, principalmente de língua
inglesa (quem serão?). Com a quebra do monopólio do petróleo, em 1997, a
mídia assumiu de vez a versão sem acentro (com exceção de alguns órgãos, entre
eles o jornal O Estado de São Paulo, que até hoje mantém a grafia original).
Para resistir ao simbolismo desta
desnacionalização, o movimento sindical se mantém firme na grafia acentuada.
No ano 2000, a turma de FHC voltou à carga tentando mudar o nome da
Petrobrás para PetroBrax, muito mais sonoro a ouvidos (e bolsos) anglo saxões.
A "brincadeira" durou 48 horas e custou US$ 50 milhões (em valores do ano
2000) só para a agência de propaganda Und.
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