Manifestação deste sábado tem como bandeiras a defesa da democracia, da Petrobrás e contra o ajuste fiscal do governo
Durante a coletiva de imprensa
realizada no início da tarde no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, representantes
da Frente Brasil Popular explicaram as bandeiras de luta e a convocação do ato
que ocorre dias 2 e 3 em mais de 30 cidades pelo país.
Nesta sexta, dia 2, os atos
ocorrem no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Goiás e Sergipe. No sábado, as
mobilizações acontecem nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rondônia,
Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraíba, Piauí, DF, Mato Grosso, Santa
Catarina e São Paulo.
Na capital paulista, o ato tem
início às 14h em frente ao Edifício da Petrobrás, na Av. Paulista, 901. João
Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, explicou que os movimentos
sociais e sindicais têm tradição de fazer atos durante a semana, mas que irão
testar a organização em um sábado pelo simbolismo da data. "No dia 3 de
outubro a Petrobrás completa 62 anos e a defesa da empresa é uma das bandeiras
centrais da manifestação".
O presidente da CUT-SP, Douglas
Izzo, informou que a data e o caráter do ato foram definidos pelas entidades
que compõem a Frente Brasil Popular, criada dia 5 de setembro, e que reúne cerca
de 60 entidades sindicais e do movimento social e popular. "Vamos às ruas
de todo o país lutar pela defesa da democracia, da Petrobrás e contra o ajuste
fiscal do governo. A manifestação se concentrará na Avenida Paulista, seguirá
pela rua Brigadeiro Luiz Antonio até o Largo São Francisco e terminará na Praça
da Sé, tradicional ponto de manifestações populares", informou Douglas Izzo.
Além de São Paulo, o ato acontece
em outras oito cidades do Estado (Campinas, Sorocaba, Itapeva, Ribeirão Preto,
São José dos Campos, Bauru, Presidente Prudente e Araçatuba).
A coordenadora do Sindipetro
Unificado e representante da FUP na coletiva, Cibele Vieira, explicou a
importância da defesa da Petrobrás e das riquezas do pré-sal. "Com o
pré-sal o Brasil passará de décimo primeiro para quinto maior produtor de
petróleo do mundo é por isso que a Petrobrás está sendo tão atacada. A greve
dos petroleiros em defesa da empresa está definida e irá ocorrer a qualquer
momento".
Questionados sobre o apoio ao
governo Dilma, ao mesmo tempo que criticam as políticas econômicas, Raimundo
Bonfim, da Central dos Movimentos Populares, esclareceu que não existe
dicotomia. "Somos firmes na defesa da democracia e contra as tentativas de
golpe por parte da direita, mas temos claro que questionamos o ajuste fiscal do
governo, essas duas posições não são excludentes".
O presidente da CUT São Paulo e
dirigente da Apeoesp (Sindicato dos Professores) aproveitou para criticar a
proposta do governador Geraldo Alckmin de acabar com 30% das salas de aula no
Estado, promovendo uma reforma "que nada tem de pedagógico, poderá
aumentar a violência nas salas de aulas e irá prejudicar milhares de famílias.
Contra essa proposta do Estado estamos organizando um ato no dia 29 de
outubro".
A mesa da coletiva foi composta
por Douglas Izzo (CUT-SP), Raimundo Bonfim (CMP), Cibele Vieira (FUP), João
Paulo Rodrigues (MST) e Carina Vital, presidente da UNE, que reforçou a
necessidade de luta pela democracia e pelo pré-sal como forma de garantir o
financiamento das políticas educacionais.