Na manhã de 3 de junho, o
auditório da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) lotou para o evento de
instauração da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobrás, iniciativa da
deputada Leci Brandão (PCdoB), que contou com a adesão de 36 parlamentares de
12 partidos. Além de Leci, a mesa de abertura foi composta por representantes do
PT e do PCdoB, pelos deputados federais Davidson Magalhães (presidente da
Frente em Defesa da Petrobrás da Câmara Federal) e Orlando Silva (PCdoB-SP), pela
vice-prefeita Nadia Campeão, pelo ex-diretor da ANP, Haroldo Lima e pelos
petroleiros João Moraes, Cibele Vieira e Ademir Caetano.
Leci Brandão abriu os trabalhos
afirmando que o objetivo da Frente era defender a empresa, mas, principalmente,
"os trabalhadores da Petrobrás que são pessoas honradas e nada têm a ver
com o que está acontecendo", em referência às denúncias de corrupção.
A vice-prefeita destacou que a defesa
da Petrobrás não está restrita à Alesp, mas deve se expandir para os movimentos
sociais e outras esferas públicas, como a própria prefeitura da Capital.
Para o deputado estadual João
Paulo Rillo (PT), a Alesp deveria estar discutindo a destinação dos royalties,
"se para a Educação ou para o buraco da corrupção do metrô", e
denunciou a tentativa de parlamentares tucanos de votar a toque de caixa um
projeto que traz para o âmbito estadual atribuições da Agência Nacional de
Petróleo. "Esse projeto só não foi votado ontem (2) por falta de quorum,
mas está na pauta e será votado logo, sem qualquer discussão com a
sociedade".
Projetos perigosos
O deputado federal Davidson
Magalhães (PCdoB-BA) alertou para a quantidade de projetos existentes em
discussão no Congresso Nacional que prejudicam diretamente a Petrobrás e seus
trabalhadores. O parlamentar citou, além do projeto do senador Aloysio Nunes
(PSDB-SP), que acaba com o modelo de partilha das áreas do pré-sal, o de
responsabilidade das empresas estatais, que favorece diretamente acionistas e
empresas estrangeiras, projeto que acaba com a política de conteúdo nacional, entre
outros. "Esses projetos visam fazer o país voltar à época colonial, sem
soberania", afirmou Magalhães.
Falando a respeito das denúncias
de corrupção na empresa, a coordenadora do Unificado,
Cibele Vieira, disse que os petroleiros estão enfrentando as acusações de
cabeça erguida, mas que ainda é grande a pressão, e contou o caso da filha de
um petroleiro que teve de fazer um trabalho escolar sobre a operação Lava Jato
e depois de consultar o pai e vários sites concluiu que a empresa não está
quebrada como afirmam algumas mídias. "A escola não quis aceitar o
trabalho da menina de 13 anos e os colegas a isolaram, dizendo que não iriam
mais chamá-la para festinhas porque ela apoiava corruptos".
O deputado Orlando Silva destacou
a importância de o movimento social estar junto na luta, levantando a bandeira
da defesa da empresa. A ideia foi compartilhada pelo ex-presidente do PCdoB,
Renato Rabelo: "sem o povo na rua não ganhamos esta parada".
O dirigente da FUP, Ademir
Caetano, que representou a CTB, lembrou os 20 anos da greve de 1995 e a
resistência dos petroleiros contra o projeto neoliberal de Fernando Henrique.
"Estamos novamente enfrentando poderosos interesses contra nossa
empresa".

Educação de qualidade


A deputada Leci Brandão concluiu
os trabalhos informando que Unificado enaltece a
iniciativa da parlamentar e estará junto em mais essa trincheira contra os
entreguistas da soberania nacional.
a Frente irá chamar representantes dos movimentos sociais
e sindicais para discutir as estratégias de enfrentamento e defesa da empresa. A
diretoria do
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