quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O sangue é da mulher, mas a ferida é de toda a sociedade!




O texto a seguir foi produzido pelas entidades sociais de Curitiba para o ato do dia 25, contra a violência contra a mulher. Texto gentilmente enviada pela Darli Sampaio, assim como as fotos deste post.

Dia 25 de novembro é Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. É um dia marcado no mundo todo por manifestações que reivindicam o direito a uma vida sem violência para todas as mulheres e afirmam em alto e bom som: VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: TOLERÂNCIA NENHUMA! São 16 dias de ativismo contra a violência.

A proposta de marcar o dia 25 de novembro como dia de luta pelo fim da violência contra mulheres surgiu no I Encontro Feminista Latino Americano e Caribenho, em 1981. Essa data foi escolhida para homenagear as três irmãs Mirabal (Maria, Patria e Minerva), da República Dominicana, que, em 1960, durante a ditadura Trujillo, foram brutalmente assassinadas.

Violência contra a Mulher é preciso mudar essa realidade!

A violência sexista é aquela que a mulher sofre por ser mulher, e geralmente é praticada por homens muito próximos dela, como maridos, namorados, pais, irmãos, ou ex-companheiros. A violência sexista existe porque ainda existe o machismo e a desigualdade.

25 de novembro – Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres O combate à violência contra as mulheres costuma esbarrar no medo que a vítima tem de denunciar. Dessa forma, muitas mulheres acabam sofrendo diversos tipos de violência por anos consecutivos. Desde gritos e agressões verbais, até agressões físicas e violência sexual. Em alguns casos, a violência leva à morte.

A luta das mulheres, que vem de décadas, conquistou no Brasil uma importante vitória, que é a Lei Maria da Penha (Lei Nº11.340/2006). A partir dela, os agressores das mulheres passam a sofrer penas mais duras, além de se facilitarem os caminhos para que as mulheres denunciem e possam sair da situação de violência. Agora, precisamos ir além. Precisamos construir meios para que a violência sequer chegue a acontecer. Para isso, é necessário fortalecer as mulheres, garantir autonomia e liberdade para todas. O combate à violência contra as mulheres costuma esbarrar no medo que a vítima tem de denunciar. Dessa forma, muitas mulheres acabam sofrendo diversos tipos de violência por anos consecutivos. Desde gritos e agressões verbais, até agressões físicas e violência sexual. Em alguns casos, a violência leva à morte.

Tipos de Violência Contra a Mulher

Sexual: forçar a mulher a ter relações sexuais e ou praticar atos sexuais que não a agradam (ou de forma agressiva); obrigá-la a ter relação sexual com outras pessoas ou presenciar outras pessoas tendo relações. Quando ocorre o estupro e abuso sexual, em casa ou fora dela, resultando também em lesões corporais, gravidez indesejada e problemas emocionais.

Familiar: sofrida dentro da família, ou seja, nas relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural: pai, mãe, filho, marido, padrasto e outros. Física: ação ou omissão que coloquem ou causem dano à integridade física de uma pessoa.

Moral: ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação de uma mulher. Uma forma de violência velada é o assédio moral.

Psicológica: impedir uma mulher de trabalhar; se relacionar com familiares, amigos ou vizinhos; criticar seu desempenho sexual ou doméstico; desvalorizar sua aparência física; destruir ou esconder documentos ou objetos pessoais; manter outro relacionamento amoroso.

Sexista: violência que sofrem as mulheres, por sua condição enquanto mulher. Ocorre sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição, produto de um sistema social patriarcal que subordina o sexo feminino ao masculino.

Material: não contribuir para a sobrevivência familiar, abandonar a casa deixando a família em desamparo ou sem assistência, quando a mulher está doente ou grávida

Para colocarmos um fim na violência sexista, é necessário construirmos um outro modelo de sociedade, baseado na igualdade entre homens e mulheres em todas as esferas de suas vidas, seja em casa, no trabalho, nos estudos, ou em qualquer outro espaço. O silêncio, a discriminação, a impunidade, a dependência econômica das mulheres em relação aos homens e as justificações teóricas e psicológicas toleram e agravam a violência para as mulheres.

Algumas reivindicações:
• Instalação da frente parlamentar de enfrentamento à violência contra a mulher
• Ampliação das delegacias de atendimento às mulheres
• Pacto de enfrentamento Estadual e Regional do Mercosul pelo fim da violência
• Instalação das casas abrigo no estado e nas fronteiras

2 comentários:

Carla Richelle disse...

Me chamo Carla Richelle, sou contadora, tenho 29 anos e sou mae. Morei na Inglaterra por quase 3 anos, fui com meu ex marido. Deixei minha vida, meu trabalho e minha familia para viver a vida dele, apostando que construiria uma familia feliz e saudavel. Quando nos tornamos mae, todas sabem o quanto é dificil conciliar trabalho com maternidade, mas sempre me esforcei para ser uma mae presente e tambem trabalhar. Confiei nele cegamente e por esse motivo sofri muito, pois a mulher independente de sua fragil situacao precisa se impor, para mostrar que é forte mesmo nos maus momentos. Hoje me encontro em Curitiba, passando por um processo judicial de guarda do meu filho que sempre esteve comigo, ele foi covarde ao ponto de me tirar tudo, inclusive meu filho, estou lutando muito e sei que isto que estou passando servira para meu futuro e crescimento pessoal. Deixo meu testemunho para aquelas mulheres que sao oprimidas pelos maridos e companheiros, nao deixem se abater, lutem, gritem, sejam fortes e principalmente inteligentes, nós mulheres temos uma virtude de agir com o coraçao, acreditamos facilmente numa pessoa que se mostre sincera, mesmo assim desconfie, se previnam, para nao passarem pelo que estou passando e muito menos serem covardimente traidas pelas pessoas que jamais imaginavam.

Atenciosamente,

Carla Richelle

maria de lourdes disse...

Me chamo Maria de Lourdes,resido no Rio Grande do Norte(Natal), sou bióloga, funcionaria pública e mãe de cinco filhos. Para formaçao do pensamento definido, neste vasto campo de luta, em busca de poder conquistar inclusão na sociedade, passei por preconceitos, mas não desisti de lutar. Defendo sim os direitos da mulher pela busca constante de se enquadrar na sociedade.

Atenciosamente,

Maria de Lourdes