A imprensa denunciou, semana passada, que a Petrobrás realizou alterações contábeis que permitiram à empresa compensar R$ 1,4 bilhão. Segundo a denúncia, no terceiro trimestre de 2008, a Petrobrás mudou a forma de recolher tributos federais sobre ganhos da variação cambial.
O caso é grave e, se comprovada a irregularidade, se enquadra em um caso de sonegação e deve ser tratado com todo o rigor da lei. No entanto, a oposição deseja transformar um problema técnico em crise política, com os olhos em 2010, e mais, para cumprir as ordens de seus patrões internacionais, que não aceitam a soberania do Brasil na exploração do pré-sal. Sob a batuta do PSDB, instalaram uma CPI para investigar a Petrobrás. Na sessão de quinta-feira (14), do Senado, nem a tucanana e os demos se entendiam e bateram boca sobre a proposta de instalação da Comissão. Prevaleceu a jogatina política.
É certo que a Petrobrás é a maior empresa do país e conta com ampla participação do governo – apesar da privataria promovida pelos governos neoliberais –, mas qual é o argumento para se instalar a CPI? Aliás, tucanos e demos devem explicações à sociedade do porque barraram a criação da CPI para investigar a privatização da Vale do Rio Doce, das empresas de telefonia, portos e ferrovias. Por que a oposição não tem o mesmo ímpeto investigativo quando se trata de investigar fraudes bancárias ou a sonegação fiscal por parte de grandes empreiteiras. Por que não propõe a prisão dos grandes devedores e fraudadores do INSS? Nem precisa de resposta, não é?
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