quarta-feira, 25 de março de 2009

Petroleiros continuam em greve: negociação prossegue no RJ nesta quarta

Os trabalhadores da Replan continuam em greve nesta quarta-feira, reforçando o movimento nacional, que entrou em seu terceiro dia.
Desde domingo, a gerência da refinaria tentou impor ao sindicato a troca homem a homem na operação, o que foi prontamente recusado pelo sindicato, que entrou com um habeas corpus para a retirada dos trabalhadores na segunda-feira. Desde então a refinaria está com uma equipe de contingência.
Assembleia nesta quarta, 16h30
Os trabalhadores da Replan realizam assembléia nesta quarta, às 16h30, no Portão 9 da Refinaria. Eles irão avaliar o movimento e a proposta que a Petrobrás deverá apresentar na reunião que está ocorrendo no Rio de Janeiro, entre a empresa e a FUP e seus sindicatos
Terceirizados de Guararema param em solidariedade
Os cerca de 90 trabalhadores terceirizados do Terminal de Guararema realizam hoje (25) uma greve de 24 horas em solidariedade aos petroleiros.
Balanço nacional
A greve prossegue neste terceiro dia em todas as unidades da empresa. Das 11 refinarias e quatro unidades industriais, seis estão totalmente sob responsabilidade das equipes de contingência da Petrobrás. Além de despreparadas para assumirem a operação no lugar dos trabalhadores, as equipes operam com efetivos muito abaixo do que é considerado seguro. Formadas por gerentes, coordenadores e supervisores, as equipes de contingência não têm capacidade de operarem as unidades, colocando em risco a segurança operacional e, consequentemente, potencializando as chances de acidentes.
A Petrobrás continua mantendo em cárcere privado desde domingo (22) os trabalhadores do turno da Rlam (Bahia), Reduc (Duque de Caxias), Regap (Minas Gerais), RPBC (Santos), Refap (Rio Grande do Sul), Fafen (Bahia) e UTGC (ES). Os sindicatos denunciaram o fato ao Ministèrio Público do Trabalho e estão buscando a liberação dos trabalhadores também através de ações judiciais.
Há 100% de adesão à greve dos trabalhadores do turno da Reman (Amazonas), Lubnor (Ceará), Replan (Paulínia/SP), Recap (Mauá/SP), Repar (Paraná), Six (Paraná), plataformas e campos de produção do Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Bacia de Campos, unidades que estão sendo operadas pelas equipes de contingência da Petrobrás.
As equipes de contingência da empresa também assumiram terminais, gasodutos e oleodutos em Santa Catarina (terminais de Itajaí, Biguaçu e Guaramirim), no Paraná (terminal de Paranaguá), no Amazonas (terminal de Solimões), em São Paulo (terminais de Barueri, São Caetano e Guarulhos) e em Macaé (terminal de Cabiúnas). Em todas estas regiões, há 100% de adesão à greve dos trablhadores do turno.
Controle de produção
Os trabalhadores continuam controlando a produção no Terminal de Manaus (AM), Terminal de Suape (PE), Gasoduto de Paratibe (PE), Terminal de São Francisco do Sul (Santa Catarina), plataformas do Ceará e na usina de biodiesel de Montes Claros (Minas Gerais).
No Terminal Madre de Deus, na Bahia, os trabalhadores do turno de domingo continuam sendo retidos pela Petrobras junto com a equipe de contingência. Devido à exaustão dos trabalhadores, o bombeio de gás e a transferência de nafta foram interrompidos na terça-feira (24). O Sindicato continua tentando negociar com a empresa o controle do efetivo e da produção para efetuar a substituição dos trabalhadores.
No Terminal de Cabiúnas, em Macaé (Norte Fluminense), a equipe de contingência também tenta retomar a produção integral da unidade, que chegou a ser reduzida à metade. Atualmente, o terminal opera com apenas três das seis unidades.

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