quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Petroleiros em estado de greve

Os petroleiros de todo o país, em campanha reivindicatória, apresentaram à direção da Petrobrás a pauta de reivindicações contendo 153 cláusulas. O acordo é válido por dois anos, até 2009.
Passado mais de um mês do início da campanha e após várias rodadas de negociação, a empresa apresentou uma contraproposta que não atende as principais reivindicações dos trabalhadores. Além de questões econômicas (reposição da inflação de 1º de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2007, calculado pelo ICV-Dieese, e mais 5% de aumento real), os petroleiros lutam por melhorias nas questões de segurança, aposentadoria especial, periculosidade, reposição dos efetivos, auxílio ensino superior, participação na gestão da Assistência Médica e solução das pendências da Petros (fundo de pensão) entre outros.
Na questão econômica, a Petrobrás oferece 4,18% de reposição inflacionária e um abono de 30% de uma remuneração para os trabalhadores da ativa.
Estado de greve
Diante da falta de novas propostas, a Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) indicou aos seus sindicatos a realização de assembléias setoriais com indicação de estado de greve.
Na base do Sindipetro Unificado do Estado de São Paulo, as setoriais já realizadas apontam que 87% da categoria aprovaram a indicação da FUP e se preparam para paralisar a produção caso não haja contraproposta da categoria.
As assembléias terminam nesta quarta-feira, dia 24, e a tendência é a aprovação do estado de greve com mais de 90%. "Lutamos por nossos direitos e, fundamentalmente, por melhores condições de trabalho, se não conseguirmos isso com o diálogo, não resta outra alternativa a não ser partirmos para a greve", afirma Itamar Sanches, coordenador do Sindipetro Unificado-SP.
A forma e a duração da greve ainda serão definidas pelas direções sindicais e pelos trabalhadores.

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