terça-feira, 22 de março de 2016

Frente Parlamentar de Defesa da Petrobrás retoma atividades em ato na Apeoesp




Na noite da segunda-feira, 21, dirigentes e militantes do Unificado, da FUP, do Sindipetro Litoral Paulista, da UEE (União Estadual dos Estudantes) entre outras entidades, participaram de um ato em defesa da democracia e da Petrobrás, organizado pela deputada estadual Leci Brandão (PCdoB), coordenadora da Frente Parlamentar Estadual em Defesa da Petrobrás. O evento ocorreu no auditório da Apeoesp, sindicato dos professores de São Paulo.

Deputada Leci Brandão
Leci abriu os trabalhos alertando que a intenção da atual crise política não é o combate à corrupção, mas a um projeto político de inclusão social e conclamou a população a não aceitar qualquer tipo de violência, como a que se assisti nas manifestações dos pró-impeachment. "O povo precisa saber que querem armar pra cima da gente, não podemos ficar acuados, temos de ter altivez", afirmou a deputada, que fez questão de dizer que sempre usa vestes de cor vermelha. "Hoje estou de preto e branco por causa da minha religião, mas não me amedronto de usar vermelho e se alguém vier pra cima de mim não vou ficar calada", disse, arrancando aplausos da plateia.

Para finalizar, a deputada enfatizou que a Frente Parlamentar foi criada para defender a Petrobrás, em respeito a seus empregados, que estão sofrendo enormes ataques.

Vereador Jamil Murad
O vereador paulistano Jamil Murad (PCdoB), contextualizou historicamente a crise e as sucessivas tentativas das elites, desde a época do Império, de tentar atrelar o desenvolvimento do país a interesses estrangeiros. "Em todas as épocas sempre teve brasileiros que quiseram que o país permanecesse colônia", afirmou. Murad também atacou veementemente o ministro do STF, Gilmar Mendes, segundo o qual defende uma facção criminosa que lesou o país.

O representante do Sindipetro Litoral Paulista, Adaedson Costa, afirmou que o país vive uma guerra, entre os que querem a soberania nacional e os que desejam entregar as riquezas brasileiras, como o pré-sal.

Zé Maria Rangel
Antes do último orador, o coordenador da FUP, Zé Maria Rangel, fizeram uso da palavra Henrique Domingos, da UEE e Felipe Pessoa, da Associação Nacional de Pós Graduandos. Ambos falaram sobre a importância da destinação dos royalties para a Educação e do apoio que a Petrobrás sempre deu à área de Educação e Pesquisa. "A Petrobrás é a empresa que mais investe em financiamento à pesquisa no Brasil, se ela for privatizada, o país irá perder muito", afirmou Pessoa.

Em sua participação, Zé Maria Rangel chamou a atenção de que o atual quadro político de crise, teve
início simbólico nas manifestações de 2013 quando, a partir de uma justa reivindicação do Movimento Passe Livre, setores da direita brasileira utilizaram a mobilização para negar a política. "Quando vi a Rede Globo dando total cobertura àquelas manifestações, percebi que não ia vir coisa boa dali".


Em seguida Zé Maria explicou como a Petrobrás se tornou uma empresa gigante nos governos Lula/Dilma, indo em sentido oposto ao desmanche promovido pelo governo FHC e como fatores como a queda do preço do barril do petróleo e a valorização do dólar frente ao real impactaram o balanço da empresa, gerando o prejuízo de R$ 34 bilhões, anunciado na mesma noite.

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