segunda-feira, 15 de abril de 2013

Venezuela, um país Maduro


No domingo, 14, a Venezuela viveu mais um momento histórico, a eleição presidencial após a morte de Hugo Chávez, o grande líder da revolução bolivariana em curso no país. Nicolás Maduro, seu sucessor, venceu por pequena margem de vantagem o representante das elites e dileto dos Estados Unidos, Henrique Capriles – a diferença foi de cerca de 200 mil votos. “Com a morte de Hugo Chávez, acharam que era o fim da história. Temos um triunfo legal, constitucional e popular. São mais de 200 mil votos de diferença. Se tivesse perdido por um voto estaria aqui para assumir minha responsabilidade e entregar o cargo. Mas estou aqui para assumir a vontade do povo”, afirmou Maduro no discurso após a proclamação do resultado.

Como sempre, a direita golpista da Venezuela reluta em aceitar o resultado das urnas e tenta, institucionalmente, dar mais um “golpe” invalidando as eleições. A instrumentalização do judiciário como poder paralelo é uma tendência cada vez maior em diversos rincões da América Latina, haja visto a destituição do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo e o julgamento politizado e repleto de desvios jurídicos do chamado mensalão, pelo STF brasileiro.

A vitória de Maduro é um reconhecimento do legado de Hugo Chávez e de que o povo venezuelano quer continuar no caminho das transformações. Para o Brasil, a eleição representa a continuidade e o estreitamento das relações bilaterais. Em caso de vitória de Capriles, o grande beneficiário seriam os Estados Unidos.

O resultado, no entanto, demonstra que a direita golpista no país vizinho não está morta e irá se articular para inviabilizar o governo de Nicolás Maduro (a exemplo do que tentaram fazer tucanos e demos com o governo Lula). A força do povo será, mais uma vez, o fiel da balança para a Venezuela continuar as necessárias transformações sociais e políticas.



Um reino unido contra a bruxa
Foto Carl Court/AFP

Apenas um paralelo. Enquanto a morte de Hugo Chavez gerou comoção nacional, com milhões de venezuelanos saindo às ruas para manifestar dor, agradecimento e um último adeus a seu líder, na Inglaterra, milhares também foram às praças, mas para comemorar o passamento de Margareth Tatcher. O hit Ding Dong! The Witch Is Dead (Ding Dong! A Bruxa está morta), canção interpretada por Judy Garland no filme "O Mágico de Oz", de 1939, chegou ao topo das paradas de sucesso do Reino Unido, depois de uma campanha iniciada no Facebook celebrando a morte de MargarethThatcher.
Ouça em http://www.youtube.com/watch?v=rHJoj9IqeKg

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