sexta-feira, 22 de maio de 2009

A PETROBRÁS É DOS BRASILEIROS

Cerca de cinco mil pessoas atenderam ao chamado da FUP, centrais sindicais e movimentos sociais e realizaram na quinta-feira, 21, uma grande manifestação que parou o centro do Rio de Janeiro, em defesa da Petrobrás e por uma legislação que garanta o controle estatal e social das reservas brasileiras de petróleo e gás. Com palavras de ordens, como “parar a Petrobrás é parar o Brasil” e “o petróleo é nosso, ninguém pode nos roubar”, trabalhadores, estudantes e militantes sociais deram o tom do ato público, iniciado pela manhã, na Candelária.
Os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Rio Branco, arrastando o povo em uma grande marcha em defesa da soberania nacional. Lideranças sindicais, estudantis e dos movimentos sociais, como o MST, manifestavam-se contra a CPI armada pela direita para atacar a Petrobrás.
“Não vamos deixar a direita privatizar a Petrobrás”, clamavam os manifestantes durante a passeata, ao entrarem na Avenida Chile, onde se localiza o edifício sede da empresa. De mãos dadas, militantes e parlamentares formaram um gigantesco cordão em torno do prédio e ao som do Hino Nacional realizaram um abraço simbólico à Petrobrás, repudiando a tentativa da direita de retomar o projeto de privatização da maior empresa do país.
Lamentavelmente, os gestores da Petrobrás, valendo-se do mesmo expediente autoritário utilizado contra os trabalhadores nos movimentos grevistas, fecharam todas as portarias do edifício. Os manifestantes não se renderam e, apesar das dificuldades para contornar o prédio com os acessos bloqueados, realizaram, mesmo assim, o ato patriótico em defesa da Petrobrás.
O coordenador da FUP e diretor do Unificado, João Antônio de Moraes, frisou a importância da unidade dos trabalhadores e movimentos sociais para fortalecer a Petrobrás e avançar na luta pela retomada do monopólio estatal do petróleo. “Estamos diante de duas frentes de batalha, a dos privatistas, encabeçada pelo PSDB e pelo DEM, e a dos que lutam em defesa dos interesses do povo, que são as frentes de esquerda”, enfatizou, citando a frase antológica de Barbosa Lima Sobrinho, de que o Brasil é dividido em dois partidos políticos, o de Silvério dos Reis (delator dos inconfidentes, que lutavam pela independência) e o de Tiradentes.

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