terça-feira, 27 de novembro de 2007

Entidades ocupam ANP







No mesmo momento em que ocorre o 9º leilão de venda de áreas de exploração do Petróleo, em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, cerca de 300 manifestantes ocupam a sede da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na Av. Rio Branco, centro do Rio.
Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), FUP (Federação Única dos Petroleiros), Sindipetro-SP, CUT-RJ e outros sindicatos de petroleiros e entidades do movimento social ocupam desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 27, a sede da Agência. A Polícia Militar está postada do lado de fora, e já ameaçou agredir os manifestantes, como informou por telefone o petroleiro e membro da executiva nacional da CUT, Antonio Carlos Spis. "Ocupamos as salas e estamos exigindo uma audiência com o Haroldo Lima [secretário da ANP, ligado ao PCdoB], que está acompanhando o leilão. Não há previsão para desocupação, mas estamos preocupados com a repressão policial", comentou Spis.

Leilão é privatização
Com esse mote, entidades nacionais que compõem a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) se lançaram contra o 9º leilão das áreas de exploração. Os leilões começaram a ocorrer em 1998, após a quebra do monopólio estatal do petróleo ocorrida em 1997, sob o governo FHC. De lá para cá, anualmente, o governo promove vendas de áreas para exploração de empresas multinacionais. A Petrobrás também concorre. Em 2006, uma ação judicial suspendeu o 8º leilão; este ano, o governo retirou da oferta 41 lotes localizados no campo Tupi, megareserva recém-anunciada pelo governo. Outros 270 lotes estão sendo leiloados pelo governo entre esta terça e quarta (28).
No dia 22 as entidades já haviam feito uma manifestação, que contou com cerca de 1.000 participantes. Na ocasião, uma passeata saiu da Candelária até a Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
(Fotos da manifestação do dia 22)









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