segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Sindicalista à moda antiga

Enquanto no PT, nos partidos aliados e nas organizações que apoiaram a campanha de Lula, como a CUT, muitos corriam e articulavam para conseguir um cargo para si ou uma vaga para algum apadrinhado, o petroleiro Antonio Carlos Spis dava exemplo de como é se manter fiel aos melhores princípios sindicais e de esquerda.
No final de 2002, após a vitória eleitoral, diversos fóruns de discussão se instalaram pelo país para subsidiar a equipe de transição. Em um deles, promovido pela Federação dos Petroleiros (FUP), um grupo começou a articular para que Spis fosse nomeado presidente da Transpetro – empresa do grupo Petrobrás atualmente presidida por Gabriel Machado, indicado de Renan Calheiros.
Ao ser procurado para ser informado da "boa notícia", Spis respondeu: “Se me escolherem serei o presidente mais rápido que uma empresa já teve, em 10 minutos mando dissolver a Transpetro e reincorporar à Petrobrás, de onde nunca deveria ter saído”.
A partir daí, em vez de correr para encontrar um nome para a presidência da empresa, o movimento sindical passou centrar na luta pela reincorporação da Transpetro à Petrobrás. Quem conta essa história é Gildásio Ribeiro, diretor do Sindicato dos Petroleiros da Bahia: “Para mim foi uma lição que nunca vou esquecer”.

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