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Temer, Quércia e Itamar: dois falecidos e um defunto político |
Vamos começar pelo óbvio: ambos eram do PMDB, vice-presidentes alçados à condição de governantes máximos da nação após o impedimento dos titulares. Itamar, vice de Fernando Collor; Temer, de Dilma Rousseff.
Itamar

Em meio às extravagâncias do político playboy de Alagoas acumularam-se denúncias de corrupção envolvendo o núcleo mais próximo de seu governo, entre eles seu tesoureiro, PC Farias, misteriosamente assassinado tempos depois.
Collor sofreu impeachment praticamente sem qualquer manifestação popular a seu favor. Quando de sua saída houve festa em todo o país, sem discurso, sem apoio, pegou um helicóptero e saiu da cena política por oito anos.
Durante todo o período de sua queda, o vice, Itamar Franco, manteve-se à sombra, sem qualquer indício de conspiração. Seu governo foi marcado pela início da estabilidade econômica, mas, mesmo assim, a inflação não deu trégua e terminou 1993 com o estratosférico índice anual de 2.780,6%.

O homem forte do governo Itamar Franco atendia pelo nome de Fernando Henrique Cardoso, pessoa a quem Itamar guardou mágoa até o final de seus dias pela traição que diz ter sofrido do companheiro, que lhe roubou a paternidade do Plano Real.
Michel "Sinistro" Temer
Vice de Dilma, com trajetória política bem menos brilhante que Itamar (que foi governador de Minas e senador), Temer assumiu um país com inflação de 10,67% (alta), programas sociais ativos, que tiraram mais de 40 milhões de pessoas da miséria absoluta e com um estoque de petróleo na camada do pré-sal de fazer o mundo se coçar de inveja.
Desde a primeira oportunidade conspirou contra a presidente eleita, maquinou nas sombras, choramingou em público com cartinhas adolescentes. Assumiu com o povo na rua gritando o nome de Dilma, enquanto os apoiadores do golpe timidamente comemoravam, à exceção, talvez, dos altos andares da Fiesp e de algum adolescente nipo descendente maquete de fascista.
Um governo que começa com cara de velho, com cheiro de mofo e com ameaça de retirar o que o povo conquistou para reverter ao lucro dos que sempre lucraram.
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